Carnaval

Candidatura do Carnaval de Torres Vedras a património marca passo

O Carnaval de Torres Vedras aguarda há anos pela inscrição no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI), o primeiro passo para vir a ser reconhecido como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês).

O município pretende “valorizar o Carnaval e garantir a salvaguarda do património a ele associado” ao candidatar as festividades de Torres Vedras ao registo e à classificação de Património Nacional Imaterial.

“É uma manifestação cultural que envolve a comunidade e que está inscrita na identidade local, passando, de geração em geração, rituais” que estão enraizados.

São características das celebrações a chegada e entronização dos reis, o julgamento e enterro do Carnaval e as matrafonas (homens com roupas e acessórios habitualmente usados por mulheres).

De acordo com o município, o Carnaval insere-se nas tradições do Entrudo português, cujas raízes remontam às festas pagãs relacionadas com as festas de inverno e os cultos de fertilidade e da abundância no início da primavera, incluídos pelo Cristianismo no calendário litúrgico.

Considerada uma festividade urbana, o Carnaval de Torres Vedras remonta a 1930, quando uma elite local republicana e um grupo social comercial/industrial emergente começou a organizar o primeiro corso, com carros alegóricos, batalhas de flores e inspiração nos modelos carnavalescos franceses e italianos.

Contudo, dadas as características também rurais do concelho, apresenta em simultâneo algumas reminiscências do Entrudo rural, como o enterro do Entrudo na Quarta-feira de Cinzas, o cortejo fúnebre e o julgamento, condenação e queima do rei.

O Carnaval de Torres Vedras, que em 2019 teve um orçamento de 800 mil euros, recebe cerca de meio milhão de visitantes durante os seis dias do evento e gera receitas de 10 milhões de euros na economia local.

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