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Cartas de Júlio Dinis aos nossos pés nos bancos do Jardim dos Campos

Azulejos foram produzidos pelo Atelier de Conservação e Restauro do Azulejo

Gerou polémica a retirada e destruição dos azulejos dos bancos do Jardim dos Campos, no âmbito da obra de requalificação das ruas Dr. Manuel Arala e Elias Garcia, que englobou o próprio Jardim dos Campos.

A Câmara Municipal de Ovar anuncia agora que está colocar uma colecção de painéis de azulejo nas bases dos bancos de jardim que “representam extractos da correspondência de Júlio Dinis, trazendo, desta forma, uma parte do Museu Júlio Dinis – Uma Casa Ovarense para o espaço público envolvente”.

Nota do Município explica que “esta é uma forma de homenagear o romancista Joaquim Guilherme Gomes Coelho” 50 anos depois da última homenagem vareia ao escritor consubstanciada com a implantação do busto em bronze de Júlio Dinis (pseudónimo), da autoria de Raúl Xavier, datado de 1961 e inaugurado em 1966.

Nos actuais painéis de azulejo são revelados breves extractos da correspondência deste escritor, através da reprodução dos originais, actualmente à guarda na Biblioteca do Museu Júlio Dinis – Uma Casa Ovarense, tratando-se de um prenúncio do programa evocativo dos 150 anos do seu falecimento (12 de setembro de 1871/2021).

O trabalho esteve a cargo do Atelier de Conservação e Restauro de Azulejo de Ovar (ACRA) que, através da técnica da estampagem, perpetua, nos painéis de azulejos a caligrafia de Joaquim Guilherme Gomes Coelho que, no Verão de 1863, já diagnosticado com tuberculose, veio para Ovar apanhar o ar da brisa marítima e descansar. Hospedado na Casa dos Campos, propriedade da tia paterna, D. Rosa Zagalo Gomes Coelho, colheu inspiração para alguns dos seus principais romances, As Pupilas do Senhor Reitor e A Morgadinha dos Canaviais.

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