Política

CDS-PP leva Ria de Aveiro a discussão na AR

O Parlamento discutiu esta semana um conjunto de Projectos de Resolução que recomendam ao Governo o desassoreamento e a regulação dos caudais da Ria de Aveiro.

A discussão vem na sequência da apresentação pelo CDS-PP do Projeto de Resolução n.º 523/XIII/2, que recomenda ao Governo que potencie o uso de todos os mecanismos disponíveis para controlo do nível das águas e actue por forma a agilizar as obras de desassoreamento da Ria de Aveiro, discutido em plenário, em conjunto com projectos semelhantes de outras bancadas.

Na apresentação do projecto do CDS-PP, João Almeida lembrou que “para além da riqueza ambiental, a Ria de Aveiro tem outra característica que a distingue de forma significativa, e que é o facto de tudo estar em harmonia com a presença humana e com uma série de atividades essenciais para a população da região. Expressão muito significativa disso são as atividades agrícola e piscatória que se desenvolvem na própria Ria ou nas suas margens, bem como uma actividade turística significativa”.

João Almeida salientou a cada vez mais frequente invasão das águas da Ria pela água salgada, que devido à subida do nível das mesmas, inunda os campos de cultivo, “danificando as culturas agrícolas e levando à degradação, por vezes irreversível, do solo agrícola”, e “causa dificuldades na atividade piscatória pelo facto de os caudais não estarem regulados como deviam”.

Para o deputado “faz sentido que a Assembleia da República se pronuncie, junto do Governo, instando-o a cumprir esta missão, que é de interesse para todos. Tanto para o distrito de Aveiro, mas também, e porque se trata de uma riqueza nacional, para todo o país”.

Saudando o facto de todos os Grupos Parlamentares terem contribuído com iniciativas para o debate, João Almeida destacou o consenso que este tema provocou no Parlamento, algo que considerou essencial para que, “passados 20 anos, consigamos resolver este problema e ter uma solução que não fique pelo caminho a pretexto de guerras político-partidárias”.

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