Política

CDS: Raúl Almeida admite regresso de Manuel Monteiro porque é tempo de ‘sarar feridas’

O conselheiro nacional e ex-deputado do CDS Raúl Almeida defendeu que é tempo de o partido “sarar velhas feridas”, admitindo uma refiliação de Manuel Monteiro e sublinhando que o ‘portismo’ não existiria sem ‘monteirismo’.

“Não devemos esquecer que não há ‘portismo’ sem ‘monteirismo’ e é o tempo de sarar velhas feridas e de o partido se reconciliar com o seu passado”, disse à Lusa Raúl Almeida, que foi eleito para o Conselho Nacional do CDS na lista encabeçada por Filipe Lobo D’Ávila no último Congresso.

O antigo líder do CDS-PP Manuel Monteiro, que abandonou os centristas para criar o partido da Nova Democracia, entretanto extinto, admitiu hoje, numa entrevista à SIC, a hipótese de voltar ao partido.

“Preocupa-me é quando pessoas como o professor Freitas do Amaral concordam com o BE, pessoas quererem voltar ao CDS não me preocupa. O CDS acolhe todos e o dr. Manuel Monteiro não é exceção”, argumentou Raúl Almeida.

Para o antigo deputado de Aveiro, “Manuel Monteiro conseguiu que o partido resistisse quando o PSD não queria o CDS no Governo”, ao passo que Paulo Portas, líder que apoiou, “conseguiu levar o CDS para o Governo”.

“Manuel Monteiro faz parte da história do CDS”, vincou Raúl Almeida.

Na entrevista à SIC, Manuel Monteiro disse não ter sido convidado para estar presente na homenagem a Adriano Moreira, que decorrerá no sábado, no primeiro dia da reunião magna centrista.

O antigo líder do CDS afirmou que gostaria de ter sido convidado e que, nesse caso, iria ao Congresso, embora considerando “perfeitamente natural que a presidente do CDS tenha entendido convidar apenas os presidentes que ainda são filiados” no partido.

“Creio que a presidente do CDS pode ter pensado que isso ia reavivar algum tipo de confrontos ou conflitos entre mim e o dr. Paulo Portas e, portanto, admito que queira ter ficado equidistante desse tipo de conflito”, afirmou Manuel Monteiro.

Na entrevista, Monteiro defendeu que “a política não é uma loja de conveniência” e que “a vontade de querer ter votos de todo o lado, não pode prescindir da afirmação de valores”, numa referência à linha da líder, Assunção Cristas, que defende um partido aberto a todos.

O antigo presidente do CDS disse ter “muitos pontos em comum” com as ideias defendidas na moção da Juventude Popular e na moção da tendência “Esperança em Movimento”, de Abel Matos Santos, elogiando igualmente a moção setorial de Nuno Melo sobre Europa.

“Tem uma linha ideológica clara de que somos europeístas, não somos federalistas”, declarou, razão pela qual votará no CDS nas europeias, tal como votou nas autárquicas em Lisboa.

Quanto às legislativas, afirmou: “Vamos ver”. (Lusa)

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