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Chegada de D. João, “O EnoCiclista”, e D. Ângela, a “(Cu)Modista” é no domingo

O cortejo da Chegada dos Reis parte da Rua Timor e termina na Praça da República, onde Salvador Malheiro, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, entregará as chaves de ouro da cidade. O discurso do Rei do Carnaval é logo a seguir e no final haverá o habitual Concurso de Piadas Coletivas que satiriza a atualidade local e nacional.

O trajeto do cortejo passa ainda pela Rua Gomes Freire, Rua Ferreira de Castro, Rua Aquilino Ribeiro e Rua Elias Garcia.

A escolha do Rei e da Rainha do Carnaval representa uma homenagem a cidadãos do concelho que se destacaram pelo seu envolvimento e contributo à comunidade e ao Carnaval e, nesta edição, foram distinguidas duas personalidades que têm vivido o Carnaval do outro lado, a Rainha nos bastidores e o Rei nas festividades associadas ao Carnaval na mítica Adega Social.

Dom João – O Enociclista

O Rei Momo é o reconhecido João Gomes da Adega Social. Natural de Cucujães, João Gomes tem vivido grande parte da vida em Ovar, razão pela qual iniciou/fundou o ciclismo nesta cidade.

Iniciou a carreira de ciclista aos 19 anos e terminou-a aos 27, período durante o qual alcançou diversos objetivos, tendo ganho 27 provas na categoria de amador e participado em competições na Venezuela e em Espanha, para além de ter participado em seis voltas a Portugal e ganho duas etapas.

Quando abandonou o ciclismo dedicou-se à Adega Social, um ponto de paragem obrigatório para todos os foliões, quase que uma chancela da passagem pelo Carnaval de Ovar.

Mas a dedicação ao Carnaval também marcou a vida de João Gomes desde cedo, tendo integrado grupos de piadas nos anos 60, um deles o BLI (Bebe Lá Isso).

A génese dos BLI (cujo símbolo era um galo de Barcelos e uma Caneca) está numa conhecida equipa de futebol amador que disputava campeonatos de populares de futebol, à qual o nosso Rei pertencia por ter igualmente o bichinho do futebol.

Os treinos desta equipa eram feitos sempre perto de locais de abastecimento imediato, como no Sol e Sombra, no Cunha “Ladrão” no Furadouro ou no Ventura do Torrão de Lameiro e, nestes convívios surgiu a ideia de participarem no Carnaval de Ovar, que se materializou na década de 60,na maior parte das vezes com o objetivo da crítica social.

O assumir de maiores responsabilidades na Adega Social tornou inviável a participação ativa em muitos carnavais. Mas não indo ao Carnaval, o Carnaval ia à Adega Social, um espaço de prolongamento das festividades da rua. Para além disso, Grupos de Carnaval como Pinguins e Axu -Mal fizeram da Adega a sua sede e o ponto de encontro dos seus membros.

O Carnaval de Ovar e Adeja Social são hoje indissociáveis, facto que não passou despercebido no concerto de abertura do carnaval, dirigido pelo Maestro Tim Steiner, sendo o nome João Gomes parte integrante de uma das letras das músicas apresentadas neste espetáculo.

Dona Ângela – A (Cu)modista

Ângela Granja, natural de Ovar assinala, em 2015, 31 anos de trabalho para o Carnaval de Ovar. O primeiro grupo a quem prestou os seus serviços de costura foi aos Garimpeiros, contava 22 anos de idade. Mas, a história começa bem mais atrás, com a primeira fantasia que envergou de nazarena e, anos mais tarde, com uma saída no Carnaval de Ovar no carro da Arruela, teria por volta dos 13/14 anos.

O gosto e a vocação para a costura surgiram bastante cedo, muito por incentivo de uma vizinha, que emprestava a sua máquina da costura e, logo aos 14 anos, Ângela Granja começou a fazer as suas próprias roupas. Aos 16 anos, recebe a sua primeira máquina de costura e nunca mais parou, considerando-se uma autodidata, pois aprendeu a costurar sozinha.

Ao longo dos últimos 31 anos, Ângela Granja trabalhou afincadamente para o Carnaval de Ovar, costurando para grupos como as Barulhentas, os Pindéricos, as Melindrosas, os Levados do Diabo, os Zuzucas, os Carrucas, os Bailarinos e a Juventude Vareira, fez muitas noitadas e diretas com o objetivo de conceber os melhores fatos de Carnaval e, por isso, sente que cresceu muto profissionalmente com os Grupos de Carnaval com quem trabalhou.

Este ano, Ângela Granja está a colaborar com os Zuzucas e as Barulhentas e, como é óbvio, vai criar as indumentárias do Rei e da Rainha, tendo já idealizado os três vestidos da Rainha que serão seguramente muito especiais.

Surpreendida com o convite para ser a Rainha do Carnaval de Ovar, mas muito feliz, adianta que “este vais ser o melhor Carnaval de sempre”.

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