Opinião

Combater todos os tipos de discriminação, sim

Li finalmente o artigo da Maria de Fátima Bonifácio. Devo dizer que é das pessoas que leio com mais interesse, por revelar um nível intelectual notável e uma escrita quase sempre cativante.

Francamente, não percebo o que lhe passou pela cabeça. Uma pessoa que fez vida a pensar livremente e a desafiar preconceitos, deixa-se enredar nos preconceitos mais mesquinhos para desafiar o preconceito do politicamente correcto. Saiu muito mal.

Cair em generalizações básicas é pouco prudente e nada humano. Sim, é verdade o que diz da generalidade dos ciganos, mas valerá essa generalidade para impedir quem queira escapar ao destino traçado, de o fazer?

A caracterização que faz dos nossos compatriotas vindos da África outrora portuguesa é injusta, infeliz, perigosa e ofensiva. A visão redutora e compartimentada que traça da sociedade é o oposto de uma sociedade livre, democrática e humanizada. Creio que MFB não é aquilo que escreve neste texto infelicíssimo.

Como tanta gente, também acho uma aberração a ideia peregrina e racista de quotas em função da raça, etnia ou cor da pele. É um absurdo que visa manter artificialmente uma ideia de tensão racial que a esquerda gosta de alimentar, porque abomina a paz social.

Combate feroz a todos os tipos de discriminação, sim. Promoção da discriminação com vista à manutenção de um estado de tensão social favorável à esquerda, não. Racismo, nunca. Venha de onde vier, disfarçado ou explícito.

Raul Almeida
Este texto foi originalmente publicado no Facebook do seu autor.

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