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Cortegaça: Envolvente à Igreja Matriz de Cortegaça renasce

O presidente da Junta de Freguesia de Cortegaça, Sérgio Vicente, e o presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro apresentaram, este domingo, o projecto de requalificação da envolvente da Igreja Matriz de Cortegaça, cujo projecto integra a construção da Alameda do Padre Manuel Dias da Silva, Casa Mortuária e respectivos os arranjos urbanísticos.

Anunciado no âmbito da cerimónia do 31.º aniversário da elevação de Vortegaça a vila, o projecto orçado em cerca de 450 mil euros, vem conferir o devido realce à Igreja Matriz de Cortegaça e aos Jazigos do Cemitério Velho, construídos entre 1910 e 1918, classificados como CIP – Conjunto de Interesse Público, em 2013, pela portaria n.º 174/2013, onde pode ler-se: “A actual Igreja de Santa Marinha, matriz de Cortegaça, foi edificada no início do século XX, destinando -se a substituir um templo primitivo cuja origem poderia remontar aos meados do século XII”.

Apesar de relativamente recente, a imponente igreja possui algumas características de grande interesse a nível regional, sendo de destacar a utilização tradicional das cantarias lavradas, do ferro forjado, do vidro colorido e sobretudo do azulejo, que aqui reveste todo o imóvel, incluindo a fachada principal, onde participa na definição da própria estrutura através do artifício das “arquiteturas fingidas” que equilibram e enquadram os vãos existentes, criando singulares ilusões visuais.

O revestimento azulejar totalizante permite inscrever a Matriz de Cortegaça na manifestação particular desta tendência coeva na região de Ovar, conhecida pelas suas fachadas figuradas e azulejadas.
A classificação inclui ainda os jazigos do Cemitério Velho, anexo à igreja e portanto em íntima relação estrutural e cultural com esta. Estes jazigos neoclássicos, executados entre o final do século XIX e o início da centúria seguinte, caracterizam -se pelo vocabulário revivalista, pelo trabalho escultórico das cantarias, pelos gradeamentos em ferro forjado e, novamente, pela notável utilização dos revestimentos azulejares, configurando um conjunto com forte carga simbólica e grande interesse arquitectónico, cultural e antropológico.

A classificação da Igreja de Santa Marinha, matriz de Cortegaça, e jazigos do “Cemitério Velho” reflecte os critérios constantes do artigo 17.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, relativos ao caráter matricial do bem, ao seu interesse como testemunho simbólico e religioso, ao seu valor estético, técnico e material intrínseco e à sua conceção arquitetónica e urbanística.”

Projetada por dois Cortegacenses, Luís Miguel Oliveira e Carlos Violas, a construção desta Alameda pretende atribuir a esta área de equipamento religiosos uma nova centralidade, prevendo-se a construção de um novo acesso da Alameda à Rua Padre Joaquim Pereira Resende e de uma rotunda, a criação de uma ampla zona pedonal e parque de estacionamento, a beneficiação da envolvente do Cemitério Velho e acesso à futura Casa Mortuária.

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