DiDiMo redefine o entretenimento digital com IA generativa

A inteligência artificial generativa está a mudar como o entretenimento é criado e consumido. E uma das empresas que lidera esta transformação é portuguesa: a DiDiMo, nascida no Porto, que desenvolveu tecnologia capaz de gerar milhares de personagens digitais hiper-realistas em minutos.
Com o software Popul8™, a DiDiMo permite a criadores e estúdios de videojogos automatizar o processo de modelação 3D, desde o formato do rosto ao encaixe de roupas e acessórios — reduzindo semanas de trabalho para apenas alguns cliques.
Esta inovação, que levou à empresa um crescimento comprovado em Portugal, está também a ser usada por empresas internacionais de ‘gaming’ e produção audiovisual, abrindo espaço a mundos virtuais mais dinâmicos e personalizados.
Da criatividade ao código: a revolução da IA generativa
O avanço da IA generativa começou com modelos capazes de produzir textos e imagens em segundos. Hoje, a mesma tecnologia é usada em áudio, vídeo e design, ampliando o potencial criativo de artistas, programadores e criadores de conteúdos.
Durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, a tecnologia demonstrou o seu impacto global: sistemas de IA foram responsáveis por criar vídeos automáticos com os melhores momentos das competições, adaptados ao interesse de cada utilizador.
Este foi um exemplo real de como a geração automática de conteúdo redefine como consumimos eventos em tempo real.
No cinema, estúdios como a Warner Bros e a Netflix testam ferramentas de IA para gerar versões alternativas de trailers consoante o público-alvo.
E na música, plataformas como o Endlesss e o Mubert usam IA para criar faixas únicas, ajustadas ao ritmo ou ao estado emocional do ouvinte.
Entretenimento reinventado pela IA
Nos videojogos, a fronteira entre real e virtual torna-se cada vez mais ténue. Personagens não jogáveis (NPCs) aprendem com o comportamento dos jogadores, tornando cada sessão imprevisível.
No universo dos jogos online, o fenómeno é semelhante. Plataformas de iGaming recorrem à IA generativa para personalizar mesas virtuais, recriar interações humanas e simular ambientes autênticos.
Por exemplo, nas plataformas onde é possível ver opções de jogo de roleta online, são utilizados algoritmos para adaptar o ritmo do jogo ao estilo de cada utilizador, aproximando a experiência digital do ambiente de um casino físico.
O futuro da experiência digital personalizada
O próximo passo será a integração total entre IA, emoção e personalização. Aplicações que criam playlists com base no humor, plataformas que geram personagens idênticas ao utilizador ou ferramentas que planeiam viagens inteiras em segundos já estão em desenvolvimento.
O desafio será equilibrar criatividade e ética, garantindo que estas tecnologias potenciem a experiência humana sem a substituir.
A Europa, incluindo Portugal, já discute regulamentações específicas para IA criativa, tentando proteger autores e utilizadores sem travar o progresso.
Criar é humano, mas a IA ajuda a imaginar mais
A inteligência artificial generativa já não é apenas uma ferramenta, é um parceiro criativo.
Empresas como a DiDiMo provam que Portugal pode liderar esta nova era de inovação digital, onde pessoas e máquinas colaboram para imaginar o que antes parecia impossível.
Nesse sentido, da criação de arte digital à personalização de jogos e conteúdos multimídia, a inteligência artificial generativa redefine o entretenimento como o conhecemos, inclusive, uma das maiores influencers virtuais é portuguesa.
O futuro já não se limita ao que o ser humano consegue produzir: é o resultado de uma colaboração criativa entre pessoas e máquinas, onde a imaginação é o limite e o digital se torna uma nova forma de expressão global.