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Secundária de Esmoriz quer fundos europeus para reabilitação

Vai ser preciso esperar por fundos comunitários para se avançar com uma reabilitação de 5,6 milhões de euros na Escola Secundária de Esmoriz, onde a comunidade educativa reclama obras profundas há mais de 20 anos.
A escola esmorizense foi inaugurada há 39 anos e, embora acolhendo mais de 600 alunos do 8.º ao 12.º ano de escolaridade, nunca foi sujeito a obras profundas de manutenção e beneficiação ao longo de quatro décadas, tendo a respetiva associação de pais alertado sucessivamente para várias deficiências no edifício, inclusive falhas de segurança detetadas em simulacros de incêndio.

A tutela do imóvel passou para a Câmara de Ovar em abril de 2022 e agora a autarquia anuncia que já aprovou o projeto de requalificação da escola, estando a sua execução condicionada “à obtenção de parecer favorável por parte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil” – que ainda em 2018 identificou dificuldades no acesso dos carros de bombeiros ao recinto e no funcionamento das mangueiras de água devido à corrosão das canalizações.

“A empreitada tem uma estimativa orçamental de 5.634.453,59 euros e aguarda-se a aprovação da candidatura a financiamento comunitário”, diss a câmara à Lusa. “Só após esse passo, poderá ser lançada a obra a concurso (…) e, por essa razão, não é possível neste momento apontar uma data de início da obra”, acrescenta.

Sobre as mudanças a introduzir na escola, a câmara refere cinco grandes objetivos, começando pela melhoria das condições térmicas, que “não eram uma prioridade” por altura da construção do edifício, na década de 80.

“Está prevista a substituição de toda a caixilharia exterior dos edifícios, incluindo a remoção dos gradeamentos externos, a impermeabilização das coberturas e respetivo isolamento, assim como a aplicação de isolamento pelo exterior, através do sistema de capoto”, adianta a autarquia.

Outra componente da obra diz respeito a acessibilidades, nomeadamente por veículos de emergência. O projeto prevê, por isso, “uma nova estrutura de rampas exteriores que se estende da portaria principal ao pavilhão gimnodesportivo, permitindo também o acesso à área de refeitório e bar”, pelo que todos os blocos e setores terão “acessibilidade ao piso térreo”.

Um terceiro foco da empreitada é a criação de um anfiteatro com capacidade para 63 pessoas e uma área de exposições, “sendo que a biblioteca existente será também reformulada”.

As duas outras apostas da obra são a requalificação de todas as instalações sanitárias, mediante a substituição de louças e a adaptação desses equipamentos aa utilizadores com mobilidade reduzida, e ainda a reorganização dos espaços escolares, o que, além de novas disposições para refeitório, cozinha, bar, laboratórios e pavilhão, também contemplará novo mobiliário e o arranjo das zonas exteriores.

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