Cultura

É a “erudita” só para os eruditos?

Concerto comentado mostra que não

O concerto e os comentários adjacentes “destinam-se a todos os que queiram saber um pouco mais sobre Música, mesmo não tendo grandes hábitos de fruição da arte dos sons”, explica Fausto Neves, professor da Universidade de Aveiro (UA) e programador do concerto “Vamos à ‘Clássica’?”. Também pianista, Fausto Neves procura no evento de hoje “desmistificar o carácter iniciático que, injustamente, se colou a este tipo de espetáculo artístico”.

O concerto ‘Vamos à Clássica’, concerto comentado, subintitula-se, sugestivamente, “Tudo o que você sempre quis saber sobre o concerto ‘erudito’ e não teve coragem de perguntar…”. O encontro está agendado para esta terça-feira, às 18h, no auditório Renato Araújo, no edifício da Reitoria da UA. Do programa, constam obras representativas de correntes, estilos e épocas diferentes, precisamente para, num evento que também se pretende didático conquistando novos públicos, mostrar quão diversa pode ser a música habitualmente designada ‘erudita’ e como a ‘erudita’ não se destina apenas a um público ‘erudito’.

“As obras a apresentar são da autoria de compositores dos séculos XIX, XX e têm diversificados intérpretes instrumentais, o que garantirá uma heterogeneidade de timbres, de estilos e de enquadramentos históricos”, explica o professor. “Os comentários tentarão aproximar o público do ‘concerto clássico’, desmistificando o carácter iniciático que, injustamente, se colou a este tipo de espetáculo artístico. Versarão as características do ‘concerto’ em geral e enquadrarão cada uma das obras a apresentar”, acrescenta Fausto Neves.

Obras de compositores portugueses, do consagrado Jorge Peixinho a Telmo Marques e Inês Badalo, e estrangeiros, como Fauré. Vultos do virtuosismo instrumental como Chopin, no piano, ou Popper, no violoncelo. Será diversa a proposta de audição e os comentários de Fausto Neves ajudam contextualizar e a compreender as obras.
Concertos Comentados VAMOS À “CLÁSSICA”?

Tudo o que você sempre quis saber sobre o concerto “erudito” e não teve coragem de perguntar…

Auditório Renato Araújo, 10 de maio de 2022, 18h00
Fausto Neves, comentários
PROGRAMA
Telmo MARQUES (1963) Sonata Acrílica (1997) para Clarinete e Piano
I – Allegro Risoluto
II – Andante
III – Adagio
IV – Allegro
Horácio Ferreira, clarinete
Bernardo Soares, piano
Gabriel FAURÉ (1845 – 1924) Fantasia para Flauta e Piano op. 79
Angelina Rodrigues, flauta
João Araújo, piano
Inês BADALO (1989) Glass Landscapes (2021) para vários objetos de vidro amplificados
Nuno Aroso, percussão
David POPPER (1843 – 1913) Rapsódia Húngara op. 68
David Cruz, violoncelo
João Araújo, piano
Jorge PEIXINHO (1940 – 1995) Fantasia – Impromptu para Saxofone e Piano
Henrique Portovedo, saxofone
Helena Marinho, piano
Frédéric CHOPIN (1810 – 1849) da Sonata nº 2 em Si b menor op.35 :
I – Grave – Doppio Movimento
João Bettencourt da Câmara, piano

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