Política

BE alerta Governo para assédio moral e videovigilância em empresa

A coordenação distrital de Aveiro do BE acusou hoje uma empresa de espumas de poliuretano flexíveis, de Ovar, de filmar indevidamente os postos de trabalho dos funcionários e de os sujeitar a assédio moral, pelo que exigiu ao Governo fiscalização ao local.

A denúncia do Bloco de Esquerda (BE) surge depois de se ter verificado “um acidente de trabalho bastante grave nos últimos dias” na unidade de Ovar .

“Esta empresa está a instalar um sistema de videovigilância com câmaras direcionadas para os postos de trabalho, passando assim a filmar os funcionários nos locais onde exercem a sua atividade. Mas, por lei, os trabalhadores só podem ser filmados no exercício das suas funções se isso servir para proteger e garantir a segurança de pessoas e de bens, o que não é o caso”, explica fonte oficial do BE.

O partido já denunciou a situação ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, referindo ainda “situações e comportamentos que, levados a cabo por membros da administração e proprietários dessa empresa, têm como objetivo pressionar os trabalhadores para ritmos de trabalho crescente, o que pode configurar assédio moral”.

O argumento do BE é que essa pressão pretende obrigar os trabalhadores a “ritmos de trabalho muito elevados, que são incompatíveis com a natureza humana e causam sempre doenças profissionais”.

Realçando que a empresa “é conhecida por pagar salários muito baixos ao pessoal da produção e de recorrer constantemente a contratos precários”, o BE considera “imprescindível que a Autoridade para as Condições do Trabalho verifique no terreno” se a empresa está a cumprir as normas de Segurança e Saúde” que, no atual contexto pandémico, são “ainda mais decisivas”.

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