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O fotógrafo que mostra o Furadouro das asas de uma gaivota

Ele é o autor das fotografias mais vistas e dos vídeos da praia do Furadouro mais comentados, nas redes sociais, por estes dias. Os gostos sucedem-se e as partilhas multiplicam-se no facebook, a sua rede social de eleição.

No Verão, já dera nas vistas, mas com o recente mau tempo, o avanço do mar e os estragos na praia, mostrou-nos o Furadouro a partir de um ângulo incomum para o olhar humano, mais próprio de uma ave. Não exageramos se dissermos que nos mostrou um Furadouro nunca antes visto. 

José Monteiro é de S. Martinho da Gândara, Oliveira de Azeméis, e fez da electrónica e electromecânica industrial a sua profissão, no Luxemburgo, onde esteve emigrado.

"Desde os meus 18 anos que me dedico à fotografia e video", conta José Monteiro que chegou a ser responsável pela maior empresa de artes gráficas do país, durante 13 anos. "Foi ali que adquiri os meus princípios na fotografia e onde pratiquei e revelei o que de melhor existia na época: o cibacrome", conta ao OvarNews. 

Após regressar a Portugal, há 24 anos, José Monteiro manteve-se no ramo. Tem feito reportagens de todo género, mas agora fá-las para gozo pessoal, enquanto passatempo. "Gosto imenso de fotografia e equipamento nunca me faltou. Sou amante das últimas tecnologias".

As imagens que nos oferece do Furadouro (e não só) são de ângulos espectaculares. Como se tivesse uma câmara instalada na ponta do bico de uma gaivota, mostrando a violência das ondas, o mar revolto e a frente urbana ameaçada e coberta de água através de um ângulo que nos dá a grandeza do drama.

Em termos técnicos, fotografia aérea é considerada aquela que é obtida através de câmara instalada numa plataforma aerotransportada, com uma vista aérea vertical rigorosamente controlada.No caso de José Monteiro, as imagens são captadas a partir de mais uma evolução tecnológica: "Um Drone". "Ainda ontem estive até às tres da manhã a adaptar-lhe a telemetria e o GPS", revela-nos ele. "Inicialmente fica barato, mas com os extras já lá vão mais de 2.500 euros", diz José Monteiro, revelando como a 'brincadeira' fica cara. "É caro, mas eu 

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prefiro isto ao tabaco ou os copos".

Nos dias da Tempestade Hercules, as imagens (Foto/Vídeo) causaram sensação pela estabilidade, atendendo às rajadas de vento que se fizeram sentir na costa ovarense e que pareciam não afectar o equipamento. "Isso deve-se ao estabilizador da máquina e a um pouco de sorte, por vezes", admite.

José Monteiro contou que há dias, o drone caiu, "mas ainda bem que foi na areia, se fosse para o outro lado do mar,  era uma vez: Adeus drone!" Mas a paixão pela tecnologia não o larga. "Se este se for, encomendarei logo outro. É o bichinho. Uma paixão, um gosto".

O Furadouro é, pois, a sua praia de eleição, apesar de ser uma das mais martirizadas da costa portuguesa. "Há dias de Inverno, como na semana passada, que nem no verão o mar está tão sereno", observa. Mas quando vira… Na sua opinião, o paredão central devia ser eliminado e aumentar o do sul para que as areias se acumulassem na meia praia.

"Não sendo assim", considera, "é dinheiro e mais dinheiro atirado ao mar".

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