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Évora Capital Europeia da Cultura adiou pólo do Museu do Azulejo

A escolha de Évora para Capital Europeia da Cultura foi uma má notícia para Aveiro, mas também o foi para Ovar.

Em primeiro lugar, porque havia um conjunto de investimentos que Aveiro faria no caso de ser eleita Capital Europeia da Cultura em 2027 que vão ficar em “banho-maria” à espera de financiamento alternativo.

Um deles teria lugar no concelho de Ovar e significaria um envelope financeiro de seis milhões de Euros. Trata-se da criação de um pólo do Museu Nacional do Azulejo, conforme revelou o presidente da Câ­mara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves, numa sessão pública.

Não quer dizer que a ideia vá para o lixo, mas tal como a recuperação dos silos da antiga moagem onde funciona atualmente a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro (com uma estimativa de oito milhões de euros), a construção de um pavilhão multiusos no Parque de Exposições (25 milhões de euros),e o aproveitamento integral da antiga Fábrica Campos para centro cultural e de congressos (sem referência ao valor), são obras de que a Câmara de Aveiro, que liderou a candidatura, lamenta que a concretização deixe de estar assegurada com a escolha de Évora para Capital Europeia da Cultura.

O Museu Nacional do Azulejo está instalado no antigo convento de clarissas da Madre de Deus, fundado em Junho de 1509 pela rainha D. Leonor. A exposição permanente apresenta azulejos de finais do século XV até à actualidade, maioritariamente manufacturados em Portugal, bem como objectos cerâmicos tridimensionais. No percurso de visita estão integrados os espaços do edifício, classificado como monumento nacional, nomeadamente a Igreja, os Coros alto e baixo, o Claustro e as Capelas de D. Leonor e de Santo António, onde se encontra o Presépio da Madre de Deus, um dos mais antigos e importantes presépios portugueses.

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