Desporto

Excesso de zelo coloca “Fast Kick” fora de competição

O Fast Kick – Clube de Taekowndo de Ovar esteve ausente dos Campeonatos de Portugal, que decorreram no último sábado, na Arena Dolce Vita. Sendo uma competição na qual o clube vareiro depositava grandes esperanças, causou perplexidade a ausência na oportunidade de poder competir em “casa”, perante o seu público.

João Paulo Cruz, técnico do clube e responsável pela participação dos atletas do clube em todas as provas de Taekwondo do panorama nacional, já veio a público assumir “essa responsabilidade” e contar o que aconteceu. A equipa chegou ao pavilhão, por volta da 08.05 da manhã, dirigindo-se então à sala das pesagens como é normal. Aí, “sou confrontado com a informação de que estas tinham encerrado as 8 horas em ponto e consequentemente os atletas seriam eliminados da competição”. O treinador vareiro dirige-se imediatamente ao director desportivo da federação e ao director da prova, na tentativa de esclarecer e resolver o problema da melhor forma possível. É que, garante, “nas provas do calendário nacional, as pesagens ocorrem entre as 8h e as 9 horas no dia da prova” e ainda no dia anterior, em contacto com o director da prova, tudo se mantinha.

Mas a organização da prova foi intransigente: “Cada atleta que se queira pesar fora do horário estabelecido deverá de pagar, em dinheiro vivo, a quantia de 50 euros, e sujeitar-se posteriormente em reunião de delegados, à aprovação unânime de todos os outros delegados de equipa”.

Uma vez colocada esta situação aos atletas, “é óbvio que ninguém se dispôs a tal e, assim, decidimos recusar um pagamento de uma multa de valor exagerado e sem sustentação legal”.

O director de prova esclareceria, mais tarde, que tinha enviado um email no dia 28/12/2015, com a convocatória dos atletas, onde constava a alteração dos habituais horários. “Sou então forçado a reconhecer a minha culpa por não ter prestado a devida atenção a essa informação que, apesar de não vir como habitualmente, em anexo PDF, com os regulamentos de cada prova, não deixava ainda assim de estar lá”, lamenta o técnico que não deixa de estranhar a “forma intransigente e excessivamente zelosa” com que a FPT resolve estas situações”. Aliás, recorda, “a FPT é sistematicamente complacente com os seus erros ou atrasos, mas implacável com um pequeno atraso de 10 minutos numa pesagem”.

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