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Válega: Aldeamento turístico tem “impacto ambiental reduzido”

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Termina no próximo dia 22 de setembro de 2015 o prazo da consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do resort de luxo, vocacionado para o ecoturismo, previsto para nascer na Quinta do Cabedelo, na freguesia de Válega, em Ovar. Neste capítulo, o presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, considera que o impacto é “muito reduzido” num projecto que considera “estruturante para o nosso Município, pois vai permitir conciliar turismo de qualidade com turismo de natureza, que é uma das nossas apostas”.

A propriedade está inserida na Zona de Protecção Especial da Ria de Aveiro, sendo bastante importante para diversas espécies de aves. Além disso, neste local existem diversos habitats classificados. Dada a importância e riqueza ambiental deste território, o EIA assume particular relevo.

A promotora do projecto é a empresa Lima Rodrigues II Resort S.A., que prevê criar 40 postos de trabalho na propriedade em causa, com cerca de 125 mil metros quadrados e acesso viário pela ribeira de Mourão, na vizinha vila de Avanca.

O projecto consiste na criação de um aldeamento turístico reconhecido como turismo de natureza, com categoria de 5 estrelas, com uma oferta de alojamento distinta, actividades de lazer e com especiais cuidados com a saúde e elementos de observação da natureza, quer ao público geral, quer ao escolares.

A intenção é proporcionar uma experiência completa ao visitante, promovendo a sua consciência ambiental, complementada com uma oferta dedicada ao lazer e saúde e, ao mesmo tempo, ser um projecto capaz de envolver as comunidades vizinhas, através de compromissos com agentes locais, sejam eles fornecedores ou prestadores de serviços, para fomentar a economia local.

Em termos de lotação do empreendimento, prevê-se a construção de 15 unidades de alojamento tipo bungalow, com capacidade para 40 pessoas, restaurante, bar, esplanada, Casa de chá, loja da terra, sala interior e ainda equipamentos complementares empresariais, como um business center com espaço para conferências, com capacidade para 175 pessoas.
Esta parcela de terreno servirá como ponto de recepção para os visitantes, fazendo desta forma incidir sobre si, ou a partir de si, uma série de diferentes actividades lúdicas e de formação, vinculadas às características muito próprias daquele local.
A propriedade será assim capacitada por dois edifícios públicos, o Edifício Principal e o Espaço “Well-Being”, ambos com 2 pisos de altura. O Edifício Principal fará a recepção dos visitantes e fará o encaminhamento para as diversas actividades existentes no local. Este Equipamento, implantado no edifício existente, fará convergir sobre si toda uma série de actividades, quer de índole ambiental, através da formação e observação da rica fauna e flora características do local, quer lúdica, com actividades físicas e gastronómicas.

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No piso térreo serão introduzidos os espaços de recepção, sala de exposição e restaurante/bar. No piso superior estarão o espaço de conferências e os espaços administrativos e dos funcionários. A proposta prevê a demolição parcial da edificação existente e a respectiva ampliação para albergar todo o programa a introduzir.
A construção é dotada por um pátio central aberto que funcionará como elemento distribuidor para todos os espaços de utilização pública. A proposta privilegia a relação com a envolvente, nomeadamente os enquadramentos paisagísticos do restaurante e do espaço de conferências. Estes espaços estão orientados a sul-poente para o Estuário da Ria de Aveiro e são dotados por amplos planos envidraçados.

Estão igualmente previstos equipamentos complementares de lazer/saúde, como espaço “well being”, spa, ginásio, piscinas interior e exterior. O Espaço “Well-Being” implantado de forma isolada e destacada, será um equipamento complementar dedicado a actividades de lazer e saúde, não só ao público geral mas também apoiando o envelhecimento activo, combatendo o sedentarismo através de conceitos de bem-estar.

Ao nível térreo serão instalados a Casa de Chá e Loja da Terra. Na Loja da Terra poderão ser comercializados produtos agrícolas cuja produção seja feita na propriedade. No piso superior o espaço é totalmente dedicado às actividades de lazer e saúde: spa, piscina interior e exterior e ginásio.

Relativamente ao alojamento, são propostas 15 unidades individuais com tipologias T0, T1 e T2. A proposta prevê a introdução de 15 unidades distribuídas de forma isolada dentro da área de choupal. Embora sejam unidades autónomas, são propostas em conjuntos de 2 ou 3 unidades para garantir também a ocupação por pequenos grupos de amigos. As unidades de alojamento, de forma cilíndrica e com um único piso, serão equipadas por uma varanda/pátio, quarto(s), kitchenette com área de estar e instalação sanitária, ou instalações sanitárias no caso dos T2. As edificações serão elevadas do solo, minimizando o impacto ambiental das suas implantações e mantendo as características permeáveis do mesmo.
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O sistema construtivo das unidades será através de estruturas leves mistas, ferro e madeira, pontualmente fixas ao solo. O acesso será feito através de passadiços rampeados, possibilitando o acesso a todas as pessoas.

Desta forma, prevê-se que o valor médio de ocupação ronde as 48 pessoas por dia com picos máximos pontuais de 300 pessoas.

O aldeamento turístico “Quinta do Cabedelo – Ecoturismo” pretende assumir um papel relevante na diversificação da oferta turística existente no concelho de Ovar, promovendo a aproximação sustentável à Ria de Aveiro e a educação ambiental e cívica na preservação de um ecossistema único.

Apesar de frisar tratar-se de uma iniciativa de investidores privados, o edil ovarense, Salvador Malheiro disse que a Câmara Municipal de Ovar está “a agilizar ao máximo o processo, no âmbito das suas competências”.

O EIA garante que a “vocação eminentemente ambiental desta área está garantida”. Contudo, alerta para a existência de “alguma contaminação nesta parte da Ria, por isso, deverá ser aquela onde as intervenções a efetuar deverão ser mais controladas”.

Salvador Malheiro tem chamado a atenção para a necessidade de uma nova dragagem nos diversos canais da Ria. “Neste momento, temos boas perspectivas para uma nova dragagem”, indicou.

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