Política

JS exorta Câmara a aproveitar o Espaço Empreendedor

Na última Sessão da Assembleia Municipal de Ovar, o coordenador concelhio da JS de Ovar, Frederico de Sousa Lemos, interpelou o presidente da Câmara Municipal de Ovar sobre a situação do Espaço Empreendedor. Este equipamento, que “assume uma localização privilegiada no Parque da Senhora da Graça, no centro da Cidade, foi inaugurado em Julho de 2013, mas, até ao momento, não lhe foi dado o devido aproveitamento”.

A JS lembra que o objectivo da reabilitação do Espaço Empreendedor era constituir um espaço para acolhimento de negócios destinado a agentes independentes que quisessem iniciar e desenvolver ideias de projectos. Aquele equipamento “destinava-se, assim, à concepção de um programa de empreendedorismo que respondesse às necessidades dos agentes e negócios do sector cultural e criativo e a facilitar o acesso da comunidade aos agentes de apoio ao empreendedorismo, através do estabelecimento de parcerias, criando uma rede de equipamentos e serviços de apoio e estímulo ao sector criativo”.

“Aliás, nos concelhos vizinhos encontramos bons exemplos deste tipo de equipamentos – muitas vezes ligados umbilicalmente ao meio académico e ao sector empresarial”, lembrou o deputado socialista.

A preocupação da JS surge numa altura em que foi divulgado que se encontra previsto instalar naquele equipamento um dos três espaços do cidadão que serão implementados no concelho, na sequência do protocolo celebrado entre o Município e o Governo, aprovado na reunião de Câmara do passado dia 5 de Março.

Realçando que a criação de um espaço de atendimento ao cidadão que permita aproximar e simplificar a sua relação com os serviços da Administração Pública merece o apoio da Juventude Socialista, Frederico de Sousa Lemos lembrou que a vocação do Espaço Empreendedor é outra, e este equipamento deve ser aproveitado para o fim que motivou a reabilitação daquele edifício – e para o qual ele se encontra preparado, permitindo a sua potenciação para funcionar como incubadora de empresas.

Em resposta, Salvador Malheiro assumiu o compromisso da autarquia em colocar o Espaço Empreendedor em funcionamento até ao final do primeiro semestre do ano – garantindo que, apesar da instalação, naquele edifício, do espaço do cidadão, e de serviços municipais na área do empreendedorismo e do desenvolvimento económico, o Espaço Empreendedor terá como principal fim a criação de uma incubadora de empresas.

Vendo como positivo aquele compromisso, a JS espera ver, em breve, concretizado o aproveitamento daquele espaço, “permitindo o estabelecimento de novos negócios, a criação de emprego e o desenvolvimento económico do nosso Município, sendo certo que cada dia que passa com aquele equipamento fechado, é mais um dia que passa sem que o Município dê um tão relevante apoio ao empreendedorismo e à emancipação dos nossos jovens”.

One Comment

  1. Em Julho de 2013, foi inaugurado em Ovar o edifício situado no parque da Sra.ª da Graça que foi alvo de uma suposta “requalificação arquitectónica”, visando dotar este espaço com condições mínimas de apoio ao empreendorismo. Esta seria sem dúvida uma excelente ideia para minimizar a elevada taxa de desemprego e dinamizar a economia local.

    Nessa altura, foram proferidos discursos retóricos sobre o conceito e o futuro. Não me lembro de ouvir nenhuma voz dissonante. A utilização deste espaço foi residual. O projecto de requalificação não esteve à altura do que se desejava. Há uma inutilidade de espaço desperdiçado. Aquele enorme pé direito serve para quê? Porque é que não se criou um novo piso superior, aumentando-se assim a área disponível? Aliás não percebo como um investimento de EUR 550 000,00 resultou somente nisto. Tentei em tempo útil fazer uma consulta pública mas parecia que este projecto estava “blindado” (sabe-se lá porquê) e por isso não tive qualquer sucesso.

    Durante todo este período houve tempo mais que suficiente para se estudar as condições adequadas para tornar este espaço uma verdadeira incubadora de empresas que acrescente valor e assim estimular e dinamizar a economia, contribuindo para minimizar o flagelo do elevado desemprego e não num mero local de acesso à internet. Esta deveria ser a uma das principais prioridades do poder autárquico. Parece que tudo é feito em cima do joelho e sem visão de futuro.

    Pelo que julgo saber a solução adoptada foi o coworking num retorno ao “fabuloso mundo dos cubículos” (Principio de Dilbert) feita por uns “iluminados” que parecem desconhecer as boas prácticas já existentes. Qualquer pessoa de bom senso sabe que numa empresa há necessidade de confidencialidade e de tranquilidade até porque o seu vizinho poderá ser um potencial concorrente, sendo por isso incompatíveis.

    Para quem definiu, no seu plano de acções, o combate à elevada taxa de desemprego, deixar passar quase dois anos, parece-me, no mínimo demagógico e nada prioritário.

    Juntar naquele edifício relativamente pequeno, o espaço do cidadão, e o espaço empreendedor, parece-me completamente ilógico e inadequado, fazendo transparecer que partem com muitas baixas expectativas em relação à capacidade empreendedora.

    Foram gastos mais de meio milhão de euros que até agora não tiveram qualquer uso. Considero assim, que a manter-se estas condições, isto foi uma má despesa pública.

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