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Juízes do Face Oculta trabalham no acordão durante o verão (NA)

188 sessões e dois anos e meio depois, o desfecho do julgamento de crimes económicos Face Oculta, envolvendo 34 arguidos individuais e duas sociedades, será conhecido, “salvo imponderável”, na manhã de 5 de setembro.

Mais do que é normal atendendo à “excepcional dimensão” do processo, como justificou ontem o juiz presidente, Raul Cordeiro.

O coletivo ainda ponderou no início das alegações finais a possibilidade de ter o acórdão pronto antes das  férias judiciais, mas com o desenrolar das diligências ficou evidente que a tarefa além de muito difícil nem seria recomendável apressar.

“Não o devemos fazer, porque existem várias questões a apreciar”, justificou o juiz presidente, que tornou público também as datas das reuniões do tribunal  para redigir a decisão final, que começam já hoje  e decorrem até agosto (mês com duas sessões), a última das quais será previsivelmente a 25.

“É um processo de excepcional dimensão, com um elevado número volumes, bem como a extensão de prova feita em julgamento, nomeadamente por declarações prestadas”, justificou Raul Cordeiro, lembrando a necessidade de analisar as “questões de facto e de direito” dos alegados favorecimentos do universo empresarial de Manuel Godinho em negócios de resíduos com empresas públicas.

Na derradeira sessão de julgamento apenas o arguido Namércio Cunha, ex-diretor geral da O2, tido como arrependido, usou do direito a falar pela última vez nesta fase. “Prestei declarações sem reservas para ajudar a esclarecer os factos”, lembrou o antigo colaborador do sucateiro Manuel Godinho, com alguma emoção, para quem o Ministério Público (MP) pediu pena de prisão suspensa pelos crimes de corrupção e associação criminosa. (Ler mais in Notícias de Aveiro)

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