Ligação ciclável entre Ovar e a Murtosa aprovada
A Turismo de Portugal aprovou a candidatura conjunta apresentada pelos Municípios de Aveiro, Murtosa e Ovar para concluir a ciclovia da EN327, desde São Jacinto, em Aveiro, até a rotunda do Carregal, em Ovar.
Treze anos após o lançamento do Murtosa Ciclável, “continuamos a investir no projecto e 2021 será um ano de forte investimento”. O projecto na EN327, onde a Murtosa tem o maior troço para infraestruturar, representa um investimento muito próximo de um milhão de euros.
Após a aprovação, o presidente da Câmara municipal da Murtosa, Joaquim Baptista revela que agora “estamos a dar uma nova roupagem ao projecto para os tornar mais actual, pois vêm da Polis que entretanto os deixou cair quando se viu que o POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos não os contemplava”.
No âmbito dos investimentos para o crescimento da rede de ciclovias, este é o mais expressivo pelo impacto que tem, pela visão supramunicipal que encerra. O autarca adianta que o projecto alarga “um corredor cicloturístico de nível internacional, já assumido pelo Rede Europeia de Ciclovias – EuroVelo e que é também a espinha dorsal de um conjunto de projectos regionais que estamos a desenvolver”. Entre eles, Joaquim Baptista aponta, nomeadamente, “a Grande Rota da Ria de Aveiro que tem três circuitos circulares que arrancam neste corredor legitimado pelo Eurovelo, permitindo a quem desce ou sobe Portugal ser desafiado para fazer incursões diferentes do corredor linear e depois retomar o seu caminho mais à frente e vivenciar uma outra região”.
A ideia é a criação de Corredor Azul que, literalmente, acompanhará a Ria do lado nascente, depois um Corredor Verde que carreia as dinâmicas das águas doce das pateiras, e um Corredor Dourado que é de montanha e inclui Sever do Vouga, Águeda e Anadia.
A Murtosa continua a acreditar no “Murtosa Ciclável”, projecto criado em 2007 que aposta na bicicleta numa tripla vertente: “Enquanto veículo individual de transporte, dando continuidade a uma opção quotidiana dos cidadãos murtoseiros, pois a utilização da bicicleta não decaiu”. Em segundo lugar, “a bicicleta na vertente de cultura física, que tem a ver com as BTTs e percursos de natureza que têm cada vez mais adeptos” e, por fim, a bicicleta enquanto veículo para atingir um fim, “para desfrutar de um recurso natural, como o ‘birdwatching’ ou os nossos trilhos turísticos”.