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Agência Portuguesa do Ambiente desilude no Furadouro

A APA – Agência Portuguesa do Ambiente apresentou ontem, no Posto de Turismo do Furadouro, o projeto de “Reabilitação e Reforço da Estrutura Longitudinal Aderente da Praia do Furadouro”, uma empreitada há muito prometida e não concretizada, a par de outras mais estruturantes, como os quebramares destacados, os quais não têm sequer programação definida, aguardando ainda luz verde do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil).

O Vice-Presidente da APA, Pimenta Machado, apresentou um projeto que visa a reabilitação da defesa aderente, com a execução da reabilitação e reforço da estrutura longitudinal aderente com enrocamento de pedra numa extensão total aproximada de 1.300 metros, e a reabilitação e reforço dos Esporões na Praia do Furadouro.

Trata-se de uma obra com valor base de 2,5 Milhões de euros, com prazo de execução de 12 meses e com candidatura já submetida ao PACS-2023.

Reconhecendo que “o Furadouro é uma zona de grande risco de erosão na costa portuguesa”, Pimenta Machado trouxe apenas a Ovar este projeto.

Governo falha

Salvador Malheiro, presidente da Câmara Municipal de Ovar, mostrou-se surpreendido, assumindo que “de acordo com compromissos assumidos previamente pelo Governo, estávamos, hoje, todos à espera de boas notícias. Mas não! Esta obra de reabilitação só terá início no terreno durante o ano de 2024 e, muito provavelmente, já só no outono.”

O autarca considera que é ainda mais grave que “a obra de construção dos quebramares destacados não tenha programação concreta, pelo que ficamos todos sem saber quando irá começar. O Governo da Nação falha mais uma vez, em toda a linha, com o Município de Ovar e com as Nossas Gentes!”

O edil sublinhou ainda que o principal problema do território vareiro é a erosão costeira e “estamos a perder território extremamente valioso e o Furadouro ainda continua a ser um dos nossos cartões de visita.” Defendendo que, para além de uma manutenção preventiva, defende-se um investimento estrutural: uma obra no Furadouro e em Cortegaça que permita fixar a linha de costa e, se possível, ganhar terreno ao mar. E frisou que esta é uma competência do Governo da Nação.

O projeto foi ainda apresentado de forma mais minuciosa por um dos representantes da APA, seguindo-se uma sessão de esclarecimentos muito participada e reivindicativa.

Um dos intervenientes, o deputado municipal, Fernando Almeida, lamenta o que designa de “número político degradante o que assistiu no Posto de Turismo do Furadouro, em que os senhores da APA trouxeram-nos uma mão cheia de nada”.

E avisa: “Se a população continuar acomodada ou a iludir-se com números políticos, continuará tudo na mesma por muito tempo ou até suceder uma tragédia”.

*notícia atualizada às 18h

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