Um grupo de Escuteiros dos quatro agrupamentos do concelho de Ovar entregou, este domingo, a Luz da Paz de Belém na Câmara Municipal de Ovar.
Foi um acto simbólico “mas de grande significado nesta quadra natalícia”, de acordo com o vice-presidente da autarquia, Domingos Silva, que recebeu o símbolo da Paz.
O autarca acolheu a Luz da Paz de Belém, abrindo as portas dos Paços no Concelho, numa cerimónia durante a qual agradeceu aos escuteiros a “partilha desta iniciativa europeia no concelho de Ovar”, justificando que “não podia deixar de aceitar este desafio, pela mensagem e pelos valores que estão associados a este projecto ecuménico, em nome da responsabilidade social e da comunhão com os princípios cristãos que professamos e partilhamos, pese embora se trate de uma iniciativa aberta a todas as religiões”.
Domingos Silva considera, ainda, que este projeto “é um contributo para reforçar o espírito de natal, de partilha e de solidariedade que nos toca a todos nesta quadra natalícia”.
De referir que a Luz da Paz de Belém está disponível para ser partilhada com todos os munícipes e instituições que pretendam associar-se a esta iniciativa, bastando, para o efeito, trazerem uma vela para acender e assim continuarem a partilhar o símbolo da Paz, nas suas habitações ou associações/coletividades do território de Ovar.
Mensagem dos Escuteiros que transportaram a Luz da Paz de Belém:
«A Luz da Paz de Belém é uma iniciativa da televisão pública austríaca, desde 1989, em conjunto com os Escuteiros e as Guias da Áustria.
Todos os anos, uma criança desloca-se até à gruta de Belém onde Jesus nasceu e recolhe a chama, acedendo uma vela na luz que aí permanece sempre a brilhar, transportando-a até Viena, onde é realizada uma cerimónia de intenso simbolismo, na qual a chama é partilhada com delegações de Escuteiros e de Guias de todo o mundo.
O Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português associa-se a esta iniciativa, transportando a luz até ao nosso país. Assim, a Luz da Paz da Belém chegou a Évora, no passado dia 11 de Dezembro e, numa cerimónia realizada na Sé, foi partilhada com as Regiões.
No dia 12 de Dezembro, os nossos Agrupamentos foram buscá-la ao Porto, numa cerimónia de partilha na Região do Porto, à qual pertencemos.
De candeia em candeia, esta chama – que foi acesa em Belém – já percorreu mais de 5600 kms, sem nunca se apagar. E agora está na nossa comunidade! Está entre nós e, por isso, queremos partilhá-la convosco. Agora é a nossa vez!
É a nossa vez de aquecer os nossos corações com esta luz, tão frágil e tão poderosa. Frágil, porque é apenas uma pequena chama numa vela e poderosa pelo que representa e transmite ao coração de cada um de nós.
Esta é uma luz que viaja de mão em mão sem se apagar – em especial, dentro dos nossos corações – e que se reforça em cada partilha.
Luz que vive a paz, comunga a paz, soleniza a paz, partilha a paz e transmite a paz em cada um de nós, porque vem de Jesus Cristo, o Príncipe da Paz.
O desafio que vos queremos fazer é o de receber a Luz da Paz de Belém e de aceitar a mensagem que ela transmite.
E que o gesto de partilha leve o amor do Menino Jesus, que agora nasce, a todos quantos a receberem e, através dela, a sua mensagem de Paz e Salvação.
Partilhai-a com todas as pessoas, famílias, trabalhadores e utilizadores dos vossos serviços, escolas, empresas, o comércio local, associações e demais entidades e instituições públicas e privadas. Usai a coragem e a criatividade para desafiar cada um, na nossa comunidade, a manter, também, esta chama sempre acesa e a construir a paz. Deixai-a brilhar na Noite de Natal e, em especial, nos vossos corações, todos os dias!
A luz que nos inspirou e partilhamos muda alguma coisa na nossa vida, muda-nos por dentro, abre pistas para o futuro, individual e comunitariamente.
Tornai-vos mensageiros da Paz!
E que assim seja sempre, em cada gesto e ação diária que realizamos. Porque cada um de nós, e todos juntos, podemos fazer a diferença que sonhamos para o mundo. Porque esta é a diferença que vale a pena!
E que esta Luz nos ilumine e nos guie todos os dias da nossa vida.
Está nas nossas mãos!»
