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Ministro Castro Almeida inaugura investimento na Alcobre

Fundada em 1910, a Alcobre é uma das empresas pilar de Ovar.

A Alcobre, a fabricante de cabos de Ovar mais antiga de Portugal, comemorou seu 115.º aniversário e inaugurou uma nova unidade de produção na última quinta-feira.

Em frente às instalações recém-ampliadas, o Diretor de Operações, Carlos Granja, estava emocionado: “Trabalho nesta fábrica há mais de 30 anos e sou grato à Hengtong por lhe trazer uma nova vitalidade.” Fundada em 1910, a Alcobre produz principalmente cabos de baixa tensão e é uma das empresas pilar de Ovar.

Em 2016, foi totalmente adquirida pelo Grupo Hengtong, da China. Desde então, com a injeção de gestão e tecnologia chinesas, a fábrica centenária foi revitalizada.




De acordo com Huang Chao, diretor geral da Hengtong Portugal, as operações da Alcobre alcançaram um crescimento contínuo e constante desde a aquisição: a receita total triplicou e o lucro líquido mais que dobrou. Este ano, a empresa também lançou uma nova linha de produção para OPGW (Fio Óptico de Terra), lançando as bases para sua expansão no mercado de energia de média e alta tensão. Granja expressou total reconhecimento e apreço pela chegada da Hengtong. “No momento da aquisição, ainda havia algumas dúvidas”, confessa. “Mas, após anos de trabalho conjunto, a equipa chinesa impressionou toda a fábrica com sua força e diligência. As dúvidas iniciais já desapareceram há muito tempo e hoje estamos a trabalhar juntos com muita satisfação.”

O novo equipamento , moderno e mais eficiente

Filipe Silva gosta especialmente de discutir questões técnicas com Liu Jianlong, gerente de equipamentos do grupo em Portugal. Apontando para a recém lançada na fábrica, eles observaram: “A máquina antiga estava em operação há mais de 30 anos. Embora ainda utilizável, a sua eficiência era muito inferior à deste novo modelo.” De acordo com Liu, a nova trefiladeira utiliza tecnologia e processos avançados, com alto grau de automação. A sua eficiência de produção é mais de três vezes maior que a do equipamento antigo, enquanto o consumo de energia foi reduzido em mais de 20%. “Ela reduz significativamente a intensidade de trabalho dos trabalhadores e impressionou a todos com a tecnologia chinesa”, acrescentou Liu.

Dez anos após a aquisição, o número de funcionários locais na fábrica aumentou 25%, impulsionando significativamente o emprego local. Alavancando as suas operações globais, a Hengtong também proporcionou oportunidades mais amplas de desenvolvimento de carreira para os funcionários locais. Huang diz que a empresa planeia criar quase 100 novos empregos locais e quadruplicar o valor da produção até 2030.

O Embaixador Chinês em Portugal, Zhao Bentang, também esteve presente e salientou que o investimento da Hengtong em Portugal não só contribuiu para o desenvolvimento económico local e a criação de empregos, como também promoveu a modernização das indústrias de cabos e fibra óptica do país, injetando nova vitalidade nas relações económicas e comerciais entre China e Portugal.

Manuel Castro Almeida inaugura nova unidade na Alcobre, em Ovar

A opinião de Zhao foi compartilhada pelo Ministro da Economia e Coesão Territorial de Portugal, Manuel Castro Almeida, que afirmou que “este investimento é muito bem-vindo porque vem de uma empresa fortemente comprometida com a inovação.” “Valorizamos muito os investimentos que acrescentam valor, criam mais riqueza, mais emprego e melhores salários. Este é o tipo de investimento que realmente apreciamos e, neste caso, é muito bem-vindo”, enfatizou o ministro.

Salientou que Ovar beneficia da presença de várias universidades de referência, incluindo a Universidade de Aveiro, a Universidade do Porto e a Universidade de Coimbra, que se encontram entre as melhores da Europa e têm grande potencial em inovação tecnológica.

“Aqui em Ovar, temos muitas universidades, muitos cientistas e investigadores a trabalhar nas proximidades”, afirmou Almeida. Ao combinar esta força académica e de investigação com o know-how e a capacidade de inovação tecnológica da China, acrescentou, as duas partes podem alcançar uma forte complementaridade e sinergia, abrindo amplas perspetivas de cooperação.

“Portugal valoriza muito o investimento estrangeiro direto, e qualquer investimento produtivo que ajude a desenvolver a nossa economia, a melhorar o emprego e a elevar os níveis salariais é muito apreciado”, afirmou, citando como exemplo a aquisição da Alcobre pela Hengtong.

Sobre o investimento chinês, Almeida destacou que Portugal lhe atribui grande importância, mantendo a AICEP — Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal — contactos regulares e positivos com potenciais investidores chineses.

“Incentivamos mais empresas chinesas a instalarem-se em Portugal, a beneficiarem do ecossistema de inovação local e das oportunidades oferecidas pelo mercado europeu”, afirmou.

Almeida concluiu que Portugal está disposto a manter-se como um parceiro estável e fiável da China na Europa e a expandir a cooperação com a China em investigação científica, formação de talentos e investimento industrial.

Via
China.org
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