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Noite Mágica passa a ter acesso condicionado

Não entrarão objectos cortantes, garrafas de vidro vazias ou cheias, ou outros que possam constituir perigo, na Noite de Mágica do Carnaval de Ovar de 2017, porque o acesso ao centro da cidade será condicionado.

A revelação partiu do presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, esta quarta-feira à noite, durante a apresentação do programa da folia que terá no grupo brasileiro “Soul+Samba” uma das atracções.

“Vamos fazer a experiência de fechar a cidade mas sem cobrar bilhetes”, anunciou o edil sem, contudo, fechar a porta a essa possibilidade no futuro.

O acesso à animação nocturna no dia 27 de fevereiro do próximo ano estará vedado, um pouco à semelhança do que sucedia nos dias dos grandes corsos no centro da cidade e o acesso só será possível após passagem por um dos 13 torniquetes de segurança.

A festa do centro histórico da cidade ficará, assim, vedada ao trânsito automóvel e embora o acesso continue a ser gratuito, pretende-se controlar o número de pessoas que entra e o que elas trazem consigo, para garantir que não há material pirotécnico, garrafas e coisas assim, das que podem constituir algum risco de segurança entre a multidão”, defendeu o autarca.

“Claro que as pessoas depois podem comprar o que quiserem quando já estão no recinto, mas no geral isso proporcionar-nos-á mais alguma segurança”, defendeu Alexandre Rosas.
De resto, numa sessão morna em que sobressaiu a apresentação dos cartazes, o Município confirmou aquilo o vereador Alexandre Rosas adiantara ao OvarNews em devido tempo.

A instalação de uma cobertura na avenida onde decorrem os desfiles do Carnaval vareiro com entrada paga está em estudo, e não será implementada em 2017.

Os três corsos carnavalescos com entrada paga continuarão dependentes das condições meteorológicas – o que em 2016, por exemplo, obrigou ao cancelamento do desfile da Terça-feira Gorda e à restituição do valor dos respetivos bilhetes.

“A possibilidade de instalarmos uma cobertura ao longo da Avenida do Carnaval continua a ser um projeto em desenvolvimento, mas atendendo aos valores envolvidos estamos atentos aos fundos europoeus”, reveliou Salvador Malheiro.

O autarca adiantou que já diferentes empresas foram contactadas pela Câmara no sentido de proporem soluções que, em caso de chuva, permitam resguardar não apenas as bancadas da assistência, mas também os figurantes carnavalescos e os respectivos carros alegóricos.

Essa necessidade resulta, por um lado, do facto de trajes e adereços serem concebidos à base de materiais delicados, facilmente danificáveis em caso de chuva, e, por outro, da circunstância de esses mesmos artigos serem utilizados sucessivamente nos diferentes desfiles do Carnaval vareiro, pelo que, na eventualidade de serem sujeitos a estragos no primeiro ou segundo dos corsos, o seu estado influenciará a qualidade das exibições seguintes.

Questões orçamentais também justificariam a aposta numa solução que permita ultrapassar condições climatéricas adversas. Afinal, se Câmara e os grupos investem um total de 500.000 euros na aquisição de materiais e na organização logística do evento, cada desfile cancelado “é sempre prejuízo que se tem”, disse Alexandre Rosas.

O vereador com o pelouro da Cultura afirmou que o objectivo geral é “dignificar o evento e melhorar a sua qualidade, proporcionando melhores condições tanto aos participantes como ao público”.

No caso das novas normas quanto aos corsos, as mudanças foram acordadas com representantes dos 20 grupos de carnaval e quatro escolas de samba do concelho, com vista a reduzir-se o tempo de duração dos desfiles.

“O objectivo é que ele comece às 14:30 e possa acabar às 18:00 ou 18:30, quando até aqui chegavam a ser 20:00 e ainda havia grupos a passar”, afirmou Alexandre Rosas.

“Para acabar com isso, agora os grupos vão ter 54 minutos para fazer todo o percurso, e, como não podem demorar mais do que isso mas também não podem demorar menos, serão penalizados sempre que não passarem nos postos de controlo à hora a que deviam”, explicou.

Além de assegurar mais ritmo ao corso e permitir que os grupos possam exibir-se perante uma maior audiência, as regras que estarão “em teste” em 2017 representam também maior conforto para os espectadores.

“Se estar sentado no sofá de casa durante cinco ou seis horas já não é fácil, é muito pior estar sentado numa bancada ao frio – e às vezes à chuva – e queremos evitar esse aspecto menos agradável da experiência”, realçou o vereador.

Quanto às condições de visibilidade para os peões, Alexandre Rosas admite que essas vinham gerando insatisfação: uma vez que a avenida onde os desfiles se realizam tem um separador central a que os primeiros espetadores sobem para poderem apreciar melhor a passagem dos figurantes, o público que chega mais tarde é obrigado a assistir ao corso a partir de um nível mais baixo e pouco consegue apreciar do evento.

Além da retirada da rotunda da Avenida Francisco Sá Carneiro, “vamos ter 500 metros de uma plataforma com três níveis de altura, cada um com 20 centímetros de diferença em relação aos outros”, anunciou o vereador. “Além disso, também vamos melhorar a iluminação da avenida, para as pessoas poderem ver melhor o desfile quando começa a escurecer”, acrescentou.

Quanto ao programa de animação da edição de 2017, continuará a apostar num cartaz diversificado”, que inclui concertos com Quim Barreiros e o grupo brasileiro “Soul mais Samba”; o espectáculo comemorativo da actividade do grupo carnavalesco Axu Mal, “que esteve na génese do Carnaval de Ovar”; e a “Farrapada”, um desfile popular que em 2016 contou com 1500 participantes e que a 25 de fevereiro volta a abrir-se à população geral, desde que mascarada para o efeito.

Com um orçamento na ordem dos 500.000 euros, o evento conta com cerca de 2.000 participantes, ao longo de um mês de actividades.

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