LocalPrimeira Vista

“O perigo de uma catástrofe anunciada” no Furadouro

A região costeira tem estado, alternadamente, sob aviso amarelo e laranja devido à previsão de agitação marítima que, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), anteontem, podia chegar atingir os 10 ou 11 metros de altura máxima. Ontem, o alerta passou a amarelo, mas a ondulação pode chegar aos 4 a 5 metros até às 15 horas de hoje.

Na praia do Furadouro, os estabelecimentos comerciais já aprenderam a colocar “trancas à porta”. Bares e restaurantes situados na frente de mar estão encerrados devido às restrições impostas pela pandemia, mas os proprietários estão atentos.

Os moradores já se habituaram ao mar galgar barreiras e protecções, despejar areia e pedras para a avenida marginal e a ver água salgada e espuma a correrem pela estrada abaixo. Também já se adaptaram ao clamor das ondas e do mar alteroso todos os invernos, sem excepção.

Inconformado com o que, infelizmente, se tornou um hábito, o eleito do PSD na Assembleia Municipal de Ovar, Manuel Reis, utilizou as redes sociais para lamentar a “realidade dos últimos dias que, infelizmente, continuará hoje e nos próximos dias e nos 2 próximos meses… e anos”.

Criticou a “inacção da Tutela, que não avança com a construção dos já anunciados (não sei quantas vezes) quebra-mares, já estudados, projectados e com os financiamentos aprovados”. O eleito “laranja” teme que só se venha a tomar medidas quando não restar no Furadouro alguém ou algo para contar a história, alertando para “o perigo de uma catástrofe anunciada enquanto quem tem o direito/dever de decidir e agir, assobia para o lado”.

Há poucos meses, Manuel Reis alertou na Assembleia Municipal que esta era, mais uma vez, uma realidade espectável neste e nos próximos invernos, “uma situação que se está a tornar incomportável e muito perigosa, atenta a eminência de uma catástrofe anunciada, se nada for feito”. (Ler mais in Diário de Aveiro)

Deixe um comentário

https://casino-portugal-pt.com/
Botão Voltar ao Topo