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O Tamborim Vareiro mais Carioca da Sapucaí está de volta

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André Seixas era o português mais famoso da Sapucaí. Natural de Ovar, André aprendeu as bases do samba na Escola de Samba vareira Charanguinha e, assim, quando chegou ao Rio, não encontrou dificuldades de maior, integrando-se facilmente na bateria da Portela.

GRES Renascer de Jacarepaguá

Engenheiro, saiu de Portugal em 2012 para o Rio de Janeiro onde se casou e foi pai de um menino, agora com quatro anos. Tornou-se carioca de gema, ganhou sotaque mas as recentes mudanças políticas no Brasil levaram-no ponderar o regresso a Portugal, o que já aconteceu, precisamente, em Março último.

“O Carnaval foi óptimo”, conta ele ao OvarNews. Este ano, André Seixas desfilou, em nada mais nada menos que cinco (!!) escolas de samba: Rocinha, Renascer de Jacarepaguá, Império Serrano, Unidos da Tijuca e Portela. Inseparável do seu tamborim com o símbolo de Ovar bem visivel. “Sempre!” “Toquei também caixa no Monobloco”, acrescenta.

Em Ovar, seria impensável e impossível desfilar em mais do que uma escola de samba. André Seixas conseguiu conciliar a sua participação em várias escolas e fala disso com naturalidade. “Eu toco tamborim e isso acaba por criar raízes com os músicos do naipe da bateria. Cresces no desfiles”.

Das escolas do desfile especial, a Portela é a principal, mas o vareiro ainda desfilou o Império Serrano, “porque o director é meu amigo e precisava da minha ajuda e com mais alguns amigos, nós fomos”. “Nas escolas do acesso, é preciso sempre ajuda e não consigo dizer que não”, reconhece. “Há sempre lugar e a gente vai lá ensaiar duas ou três vezes e está bom, mas na Tijuca (um desejo antigo) tens que ensaiar todos os dias”.

Então, continua, “entras e vais criando o teu espaço e fica mais fácil de desfilar em várias escolas”. Mas o tamborim ovarense prefere desfilar em menos escolas “porque torna-se bastante cansativo”.

Além da dimensão do Carnaval do Rio, há outras diferenças. “Lá não há a rivalidade que há aqui. Têm uma maneira diferente de ver e estar no samba”.

“A gente apercebe-se quando chega lá. E não é por ser Portela que não posso desfilar noutra escola. Há ritmistas que tocam em sete ou oito escolas de samba, até porque há uma carência de ritmistas e depois porque o ritmista não paga para desfilar, quase pelo contrário”.

Unidos da Tijuca

André ainda acompanhou o fenómeno do crescimento nos blocos de rua que crescem no Rio de Janeiro e em São Paulo, entrando num deles. “É tudo muito diferente daqui”, conclui.

Depois de uma experiência intensa e coroada de convites e sucessos, o vareiro carioca é a pessoa indicada para dar uma opinião do samba em Ovar. “Existe uma grande evolução, o samba cresceu muito, e ainda bem, com os meios que temos hoje em dia isso fica mais fácil”, introduz.

Mas quanda fala em evolução, “é das escolas em geral, incluindo outras localidades”, explica para não ferir susceptibilidades. Em Ovar, “tenho uma ligação maior com a Costa de Prata e Charanguinha”.

André explica que está mais por dentro da bateria, de samba, da parte musical, não tanto de fantasias, muito embora reconheça que há uma grande evolução neste item, “mas não estou por dentro para poder avaliar”.

André Seixas está de volta a Ovar, gosta do Carnaval vareiro, mas se tudo correr como planeado, o Carnaval 2020 será no calor e a desfilar no Rio de Janeiro, na Portela.

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