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Ovar já recolhe onze toneladas de óleos alimentares usados por ano

O presidente de Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, revelou que a população tem vindo a aderir à estratégia local de recolha de óleos alimentares usados e já atingiu as onze toneladas por ano, “o que é bom para um município da nossa dimensão”.

Falando no primeiro debate promovido pela APOREB – Associação Portuguesa de Operadores para as Bioenergias – sobre a produção de energias alternativas, o autarca social-democrata realçou que há legislação nesta matéria, desde 2009, “com obrigações claras para os municípios e chegamos a 2021 com muitos ainda sem estratégias para este fim”. Eleito pela primeira vez em 2013, Salvador Malheiro referiu que “implementamos de imediato uma rede selectiva de recolha de óleos alimentares usados”, indo, inclusivamente, além dos mínimos estipulados por lei, “com a implementação de 60 pontos de recolha dotados de oleões com capacidade de 360 litros cada”.

Mas o município de Ovar quer ir mais longe e já tem perspectivada uma estratégia mais ampla que visa “atingir a neutralidade carbónica até 2030”. “Temos vindo a monitorizar as nossas emissões de dióxido de carbono, porque não há outra forma de gerir do que medir e aferir as evoluções”.
O concelho de Ovar tem em funcionamento um ecocentro de nova geração, sendo objectivo do executivo “fomentar a valorização de resíduos e reduzir os que precisam de tratamento, incutindo boas práticas nos munícipes”, adiantou Salvador Malheiro.

No ambito do POSEUR, anunciou, “apresentamos uma candidatura corajosa, no âmbito da recolha selectiva de resíduos sólidos urbanos, no valor de mais de um milhão de euros, que visa implementar uma série de sensores nos nossos contentores que nos vão permitir premiar as boas práticas dos nosso munícipes no que respeita ao ambiente”.

Salvador Malheiro está convicto de que “só conseguiremos atingir os nossos objectivos se conseguirmos comprometer os cidadãos, porque nada se faz sem focar nas pessoas e estas só mudam de comportamentos se sentirem que vale a pena”.

Por outro lado, o autarca ovarense defendeu que deve ser instituído um mecanismo nacional que premeie os municípios que fazem o que devem na defesa do ambiente e penalize os que não o fazem.

A APOREB promoveu o primeiro de uma série de debates online sobre “Gestão dos Óleos Alimentares Usados: Estado Actual e Perspectivas Futuras” e a produção de energias alternativas, nomeadamente, biocombustíveis avançados a partir da utilização de óleos alimentares usados, produção de biogás a partir da utilização de resíduos biodegradáveis, utilização de tecnologias LED para a redução de consumo energético, entre outros.
Este é um evento informal, que pretende ser ponte entre a perspectiva pública e privada sobre as alterações legislativas que se avizinham para a gestão de resíduos urbanos, nomeadamente para os óleos alimentares usados e resíduos biodegradáveis.

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