Padre Emanuel Mata nomeado para as Paróquias de Válega e S. Pedro de Ovar

Três perguntas ao “novo padre vareiro”.
1- Quando é que o seu amor a Cristo passou a ser chamamento para a vida sacerdotal?
2- Como foi o seu percurso de vida até chegar ao Seminário?
3- Para si o que é ser padre hoje?
Emanuel Mata
Sou o Emanuel Mata, tenho 26 anos e sou da Paróquia de São Mamede de Infesta, Matosinhos. E fiz a minha formação no Seminário Maior do Porto.
1+2: “O meu amor a Cristo passa a chamamento para a vida sacerdotal a partir do discernimento vocacional que eu fiz no Seminário do Bom Pastor, com os Encontros do Pré-Seminário. Porque eu desde criança que digo que quero ser padre. E, por isso, o caminho que eu fiz foi a partir da minha primeira comunhão. E a história da minha vocação é engraçada porque desde criança que eu vou à missa com os meus pais, à missa de domingo. E sempre fui uma criança irrequieta. Então, dizia que queria ser como aqueles rapazes e raparigas que estavam vestidos de branco, que estavam no altar. Porque assim ia fazendo alguma coisa durante a Eucaristia. O tempo até acabava por passar melhor. Então, a minha vocação nasce desta descoberta da Eucaristia, da participação na Eucaristia e da vivência desta vida cristã a partir da Eucaristia dominical. Desde a primeira Comunhão, depois comecei a dizer que queria ser padre, mesmo sem saber o que era um padre. E depois fui para o Seminário do Bom Pastor, também acompanhado pelo meu pároco, na altura o Padre Ângelo, e por isso fiz esta descoberta vocacional com o Pré-Seminário. Foi um caminho com os seus altos e os seus baixos, onde fui dizendo que queria ser padre, onde fui descobrindo o que é que o padre fazia, o que é que o padre é na sua essência. E isso ajudou-me a discernir se era este o caminho que eu devia de seguir. E assim cheguei à conclusão que Deus me foi chamando nas diversas fases da minha vida e que me fez caminhar dia após dia com as pessoas que me rodeavam. A minha família, os meus amigos, os padres dos seminários, do Seminário do Bom Pastor, do Seminário Maior, que me foram ajudando a fazer este caminho. E foi um caminho muito bonito, com diversas fases, e que me ajudou a chegar até este momento de ordenação sacerdotal. E fico bastante feliz pelo caminho que fiz ao longo da minha vida”.
3: “Ser padre nos dias de hoje é ser um sinal de esperança na nossa sociedade. Numa das suas catequeses sobre a esperança, o Papa Francisco diz-nos que devemos ser semeadores da esperança. E penso que o padre, nos dias de hoje, no nosso tempo e no nosso lugar, tem de ser este semeador da esperança, através da sua proximidade com Deus e também através da sua proximidade com as pessoas. O padre é aquele que ama a Deus e ama os irmãos, também a partir deste amor de Deus. Por isso, o ser padre implica acolher as pessoas, implica ser um perito em humanidade. Os padres hoje, têm de ser peritos em humanidade, de forma a reacenderem no coração das pessoas a fé em Jesus e o amor à Eucaristia. Basicamente, o padre tem de levar Cristo ao coração do mundo, e trazer o mundo ao coração de Cristo. E essa, se calhar, é a nossa grande missão para os dias de hoje, de forma a sermos este sinal de esperança e este sinal do amor de Deus no nosso mundo”.