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PAUS: Uma hora de enérgica jovialidade

No mesmo dia e à mesma hora que decorria o grande derby/clássico do futebol português, em Ovar, num espaço (in) comum mas pronto para rebentar, teve lugar um momento de pura energia. Uma amostra que esta pequena cidade à beira mar plantada também tem a capacidade de nos adocicar a alma com performances artísticas de qualidade.

As hostilidades foram abertas por uma guitarra e um homem, que embora com denominação gastronómico (Cachupa Psicadélica) mostrou muita aptidão para o instrumento, aliada a uma voz doce, tropical. Após esta abertura, onde toda a gente ficou “embalada” para o que viria a seguir, os PAUS, que andam por aí a apresentar o seu mais recente álbum, MITRA, iniciaram a sua viagem, embora pequena, frenética e encorajadora.

Com a dupla bateria a ser o elemento de maior distinção, a banda conseguiu manter o público, que devia estar à volta da centena, em movimento e com um ritmo alucinante. O sintetizador, acompanhado pelo baixo, emprestam ao som uma peculiar sensação de melancolia, aspecto que os distingue do (hard)rock mais usual.

Os cabelos e barbas compridas dos elementos das bandas transportaram quem esteve presente para os célebres anos 90 onde o grunge despoletava e ganhava o reconhecimento do público. O fumo, que foi intenso no palco nos primeiros 15/20 minutos da atuacção, reforçaram a imagem lutadora de uma banda que representa, e muito bem, o melhor que se produz ao nível do rock em Portugal.

As canções interpretadas foram um misto das coisas novas que este álbum tem para oferecer com o reportório que o grupo tem vindo a construir ao longo dos últimos anos. Ovar estará sempre de portas abertas para vocês. Obrigado, PAUS!

João Gomes

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