Saúde

Semana da Incontinência Urinária: Vergonha pode estar a travar a cura

Na Semana da Incontinência Urinária, que se assinala de 5 a 11 de março, a Associação Portuguesa de Urologia (APU) alerta que apenas 10% dos 600 mil portugueses que sofrem de incontinência urinária procuram a ajuda de um médico.
A associação científica destaca que a vergonha pode estar a impedir muitas pessoas de alcançar a cura, uma vez que certos tipos de incontinência urinária têm tratamentos com taxas de sucesso nos 90%.

Em Portugal, cerca de 33% das mulheres e 16% dos homens com mais de 40 anos de idade apresentam sintomas de incontinência urinária – ou seja, um em cada 5 portugueses nesta faixa etária sofre deste problema. Enquanto 10% procura a ajuda do médico, os restantes escondem o problema, automedicam-se e isolam-se.

No sentido de promover a consciencialização e incentivar as pessoas a falar abertamente com o seu médico de família ou especialista sobre o problema, a Associação Portuguesa de Urologia (APU) realiza todos os anos a Semana da Incontinência Urinária.

Luís Abranches Monteiro, urologista e presidente da APU destaca: “a incontinência urinária não é normal, mas é muito vulgar. Também não mata, mas afeta muito a qualidade de vida das pessoas que dela sofrem. E o mais importante é que é um problema que se trata e de forma mais simples e muito menos dolorosa do que há 20 anos. Por isso, as pessoas precisam de perder o medo de falar sobre estas questões com o seu médico”.

Até as pequenas perdas de urina podem ter um grande impacto psicológico, emocional, social e económico na vida das pessoas que delas sofrem. Este é um problema que provoca vergonha e estigma e leva muitas vezes ao isolamento.
O diagnóstico é feito de forma simples, através do diálogo entre paciente e médico e um exame físico, que através de pequenas manobras tenta mimetizar o que acontece com a bexiga quando se dão as perdas de urina.

Apesar de haver vários tipos de incontinência urinária e de cada caso ter as suas especificidades, existem tratamentos que vão desde medicamentos orais a fisioterapia ou cirurgia. Sendo que a cirurgia, nos casos de incontinência urinária tem um sucesso de tratamento e até cura de 90%.

O que é a incontinência urinária?
A incontinência urinária (IU) é uma situação patológica que resulta da incapacidade em armazenar e controlar a saída da urina.
É caraterizada por perdas urinárias involuntárias, que podem ir desde perdas muito ligeiras e ocasionais, a perdas mais abundantes e regulares, podendo incluir ou não sintomas de urgência miccional.
As perdas de urina têm diferentes causas, que podem ser apenas um problema temporário ou um problema mais persistente.
A incontinência urinária afeta 20% da população com mais de 40 anos de idade. Sendo mais frequente na mulher (33%) do que no homem (16%), segundo dados da Associação Portuguesa de Urologia (APU).

Factores de risco:
O género, a raça, a predisposição familiar ou anomalias anatómicas e/ou neurológicas podem contribuir para o risco de se sofrer de incontinência urinária.
Os fatores obstétricos e ginecológicos – como a gravidez, o parto e pós-parto – o prolapso genital, os efeitos secundários da cirurgia pélvica (exemplo cancro da próstata) e da radioterapia também podem aumentar o risco de desenvolver incontinência urinária.
Há ainda fatores promotores, como a idade, as co-morbilidades, a obesidade, a obstipação, o tabagismo, as atividades ocupacionais (caso da incontinência de esforço), as infeções do trato urinário (ITU), a menopausa ou a medicação.

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