Saúde

Ciclo de conferências da UMP debate o papel das Mutualidades na Saúde

A União das Mutualidades Portuguesas (UMP) deu início, no dia 29 de julho, a um ciclo de conferências com a sessão inaugural “O Papel das Mutualidades na Saúde”. O evento ocorreu na sede da Associação Familiar Vimaranense, em Guimarães, contando com a participação de importantes figuras do setor para um debate construtivo que apontou o caminho para uma colaboração mais estreita entre o movimento mutualista e o Serviço Nacional de Saúde.

A sessão de abertura ficou marcada pelas intervenções de Augusto Abreu, Presidente do Conselho de Administração da Familiar Vimaranense, Luís Alberto Silva, Presidente do Conselho de Administração da UMP, Paula Duarte, Vogal da ARS Norte, e Adelina Pinto, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Guimarães.

Luís Alberto Silva, além de mencionar os obstáculos enfrentados pelo movimento mutualista, como a dificuldade de acesso a novos acordos para a prescrição de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica para as clínicas de saúde, também abordou a resistência encontrada à abertura de novas farmácias sociais. O Presidente da UMP reafirmou a disponibilidade das mutualidades para colaborar com o governo na complementação de soluções para o Serviço Nacional de Saúde.

O debate foi enriquecido com contribuições de Francisco Ramos, ex-secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Augusto Vieira, assessor da UMP, Aurora Cunha, Diretora Clínica da Familiar Vimaranense, e Joana Sá Ferreira, na qualidade de moderadora e representante da UMP no Conselho Nacional de Saúde Mental.

Francisco Ramos enfatizou a importância das mutualidades na saúde, sublinhando que a colaboração entre estas e o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é uma área que “pode e deve ser acarinhada e desenvolvida”.

Augusto Vieira apontou questões relacionadas à legislação fiscal como um dos desafios a serem superados para maior eficácia do setor mutualista na saúde, enfatizando a necessidade de clareza e estabilidade nessa área.

Aurora Cunha destacou o papel das mutualidades na criação de soluções integradas e sustentáveis no setor da saúde, afirmando que as mutualidades têm o potencial para “colmatar uma falha do Serviço Nacional de Saúde”.

A sessão encerrou com a nomeação de um grupo de trabalho destinado a criar soluções práticas que possam garantir aos portugueses o direito fundamental à saúde. Coordenado por Fernando de Jesus Fernandes, Presidente da Associação de Socorros Mútuos de Empregados no Comércio de Lisboa (ASMECL), o objetivo do grupo é desenvolver um plano de ação para o Ministro da Saúde, focado na integração mais efetiva do mutualismo na saúde em Portugal.

Estes debates fazem parte de uma série de conferências organizadas pela UMP para analisar e debater temas estruturantes do movimento mutualista, como a previdência social, inovação, ação social, proteção social, centro de estudos e habitação.

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