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Porto de Aveiro recusa responsabilidades na alteração da Ria

O presidente da Administração do Porto de Aveiro (APA), Pedro Braga da Cruz, diz que o Porto de Aveiro não tem indicadores fora do normal relativamente ao caudal da ria.

Em declarações ao site Notícias de Aveiro, refere que “em cumprimento da Declaração de Impacte Ambiental, que autorizou o último prolongamento do molhe norte, a APA tem vindo a monitorizar a variação do nível da ria, fazendo entrega dessa informação à Agência Portuguesa do Ambiente. Em nossa opinião os dados recolhidos não evidenciam qualquer alteração da dinâmica lagunar”.

“A APA desconhece outros estudos que contrariem estas indicações e estará disponível para analisar tudo o que sobre a matéria venha a surgir”, conclui.

O também presidente da Assembleia Municipal de Ovar lembra que, em 2002, o Estado procedeu à redefinição da área de jurisdição portuária, que no Canal de Ovar termina no Cais da Pedra. Por isso, deixou de ter responsabilidade e de assegurar a manutenção das motas que, em muitos locais delimitam as margens, e que assegurou ao longo de muitos anos.

Recorde-se que no manifesto que o Movimento de Lesados do Canal Norte da Ria de Aveiro (MLCNRA) está a levar às assembleias municipais e de freguesia, lê-se: “Suspeitamos que o constante afundamento da Ria, no Porto de Aveiro, para permitir a entrada de navios de maiores dimensões, originou um caudal fortíssimo e descontrolado, provocando uma subida das águas a níveis nunca vistos”. “As consequências são evidentes com a perda de propriedades urbanas e agrícolas, assim como o desaparecimento de todo o tecido piscatório, turístico, comercial, entre outros”. Assim, sugere que o Porto de Aveiro devia contribuir para a construção de uma eclusa a sul da Ponte da Varela, como solução para a regulação dos caudais.

 

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