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Pôs fogo a casa da ex-companheira mas foi sem querer

“Foi um acidente que aconteceu. Tinha estado a trabalhar com umas máquinas agrícolas. Bebi uns copitos e se calhar foi um cigarro ou qualquer coisa parecida e assustei-me”, disse o arguido que falava no início do julgamento, no Tribunal de Aveiro.

Perante o colectivo de juízes, o arguido referiu que entrou “em pânico”, quando viu as chamas, e fugiu, afirmando ainda não saber se havia pessoas dentro da casa. Apesar das constantes ameaças descritas na acusação, o arguido garantiu que nunca quis fazer mal à ex-companheira e aos filhos.

O arguido está acusado de um crime de incêndio na forma tentada e outro de violência doméstica. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a que a Lusa teve acesso,o casal manteve uma relação durante cerca de oito anos, pautada pelo comportamento agressivo do arguido que era “potenciado pelo consumo exagerado” de bebidas alcoólicas.

Após a separação, em junho de 2018, o arguido terá mantido uma postura de “assédio e vingança”, tendo ameaçado várias vezes deitar fogo à casa da ex-companheira. Os factos mais graves ocorreram a 5 de maio de 2019, pelas 21:00, quando o arguido entrou no pátio da residência da ex-companheira, em Ovar, com um garrafão de gasolina e ateou fogo a um arbusto localizado nas imediações da casa, que logo começou a arder.

As chamas acabaram por ser prontamente extintas pelo filho mais velho da ofendida que evitou que o fogo alastrasse à própria residência onde se encontravam a ex-companheira do arguido e outros dois filhos menores. Antes deste episódio, o MP diz que o arguido já tinha ameaçado atear fogo ao automóvel da ex-companheira, chegando mesmo a fazer uma fogueira junto desse automóvel, no pátio da residência do casal.

O homem foi detido em junho de 2019 pela Polícia Judiciária de Aveiro, tendo ficado sujeito à medida de coação de afastamento das vítimas, sendo controlado por pulseira electrónica.

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