Guerras no Mundo

Israel e Irão trocam ataques de mísseis. Explosões ouvidas em Telavive, Jerusalém e Teerão

Depois dos ataques às instalações militares de defesa aérea e nucleares iranianas, Israel focou-se na destruição de arsenais de mísseis e de depósitos de petróleo e de gás.

O Irão respondeu com nova vaga de mísseis durante a madrugada, lançando os cidadãos israelitas para os abrigos. A maioria dos projéteis terá sido intercetada, tendo-se registado um incidente na Galileia Ocidental, onde pelo menos um edifício de habitação foi atingido. Uma mulher de 20 anos morreu e sete outras pessoas foram retiradas dos escombros, tendo sido hospitalizadas com ferimentos ligeiros. Ao todo 13 pessoas ficaram feridas.

Ao mesmo tempo que sofria o ataque iraniano, Israel atacou com caças depósitos de petróleo perto de Teerão. O Ministério do Petróleo do Irão reportou estragos mínimos, devido à escassez de combustível nos depósitos.

A maior vítima do conflito este sábado foi a nova ronda de negociações sobre o programa nuclear de Teerão entre o Irão e os estados Unidos da América. Omã anunciou o seu cancelamento, depois do regime iraniano ter considerado que não valeria a pena prosseguir as negociações devido aos ataques israelitas.

O presidente iraniano, Masou Pezeshkian, afastou mesmo a possibilidade de regressar ao diálogo enquanto prosseguirem as operações israelitas.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iranianos ameaçou ainda deixar de colaborar “como antes” com a Agência da ONU para o Nuclear, criticando a AIEA pelo seu “silêncio” face aos ataques de Israel.

A Agência reportou que os bombardeamentos das centrais nucleares iranianas causaram estragos à superfície mas sem a ocorrência de fugas radioativas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu prometeu sábado que Israel iria atacar “todos os locais e todos os alvos do regime dos ayatollahs”. Masou Pezeshkian garantiu resposta “mais forte” e “ataques destrutivos” se os ataques israelitas continuarem.

Os EUA reforçaram a sua segurança em várias bases militares além do Médio Oriente e o Reino Unido enviou caças para a região, no dia em que Pequim manifestou, pela primeira vez, apoio a Teerão, “na defesa dos seus direitos legítimos.

O presidente turco Reccep Tayyip Erdoga multiplicou-se por seu lado em contactos com líderes regionais e com o presidente norte-americano, Donald Trump. Erdogan tanto acusou Netanyahu de ser o grande responsável pela deterioração do clima político no Médio Oriente e de tentar boicotar as negociações entre o Irão e os EUA sobre o programa nuclear, como defendeu que apenas o diálogo pode evitar que Teerão desenvolva armas atómicas.

Foto: FOTO: EPA/ABIR SULTAN

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