Política

PSD e PS às avessas por causa das contas da UFO

As contas de 2014 da União de Freguesias de Ovar (UFO) foram aprovadas pela maioria socialista, mas o PSD reclamou junto da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C) por achar que faltaram documentos exigidos por lei.

Joaquim Barbosa, líder da bancada social-democrata na Assembleia da União de Freguesias de Ovar, S. João, Arada e S. Vicente Pereira, argumenta à Lusa que a ausência de documentação relativa a movimentações financeiras “não permite uma percepção correcta e real das contas de 2014” e, nesse contexto, reclama informação sobre todos os contratos celebrados com fornecedores e empreiteiros, e sobre cada operação envolvendo subsídios ou transferências..

Bruno Oliveira, presidente da UFO, diz que estão em causa duas interpretações diferentes do Decreto-Lei 54-A/99 e remete mais esclarecimentos para o comunicado da concelhia do PS, no qual se lê que as acusações dos sociais-democratas “nenhuma correspondência têm com a realidade, pois cumpre escrupulosamente a lei”.

Em oficio enviado à CCDR-C, o PSD nota que o executivo da União das Freguesias de Ovar incorre em sanções financeiras e se sujeita mesmo à dissolução dos órgãos autárquicos. Já o comunicado da concelhia do PS afirma que a reivindicação dos sociais-democratas quanto à falta de documentos para avaliação das contas “demonstra desconhecimento e contrassenso”.

“As acusações (…) apenas se compreendem pela total incapacidade do PSD de Ovar em efectuar uma oposição séria e construtiva ao trabalho exemplar que tem sido desenvolvido pela União das Freguesias”, argumenta o documento, citado pela Lusa.

O PS realça, aliás, que “os documentos de prestação de contas da responsabilidade do anterior executivo da extinta Junta de Ovar (então presidido pelo actual líder da bancada do PSD), cuja apresentação já era regida pela mesma lei que se encontra actualmente em vigor, eram exactamente os mesmos que o actual executivo apresentou à Assembleia”. (com Lusa)

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