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Quercus exige estratégia para recuperar zonas húmidas, algumas já estão ameaçadas

A Quercus exige a definição de uma estratégia e de planos de gestão para recuperar as zonas húmidas, habitats sensíveis que estão ameaçados, considerando que cinco destes espaços já deviam ter classificação internacional.

A associação de defesa do ambiente Quercus diz ser “inaceitável que as zonas húmidas da Ria de Aveiro, Lagoa de Óbidos, Lagoa de Melides, Estuário do Minho e Barrinha de Esmoriz continuem sem ser designadas como Zonas Húmidas de Importância Internacional”.

A posição da Quercus, hoje divulgada, quando se assinala o Dia Mundial das Zonas Húmidas, defende a necessidade absoluta de escolher 2016 para o arranque dos planos de gestão, “da avaliação das incorreções de alguns dos limites dos Sítios de Importância Comunitária e de Zonas de Proteção Especial para as Aves, da designação de novos Sítios e do alargamento da Rede Natura 2000 ao meio marinho”.

Portugal ratificou a Convenção sobre Zonas Húmidas, chamada de Ramsar, em 1980, e incluiu na lista de Importância Internacional 31 espaços, no continente e nos Açores, totalizando mais de 132.487 hectares, ou 1,8% do território, destes habitats, definidos como zonas de pântano, charco ou água estagnada ou corrente, doce, salobra ou salgada, incluindo águas marinhas com altura até seis metros.

Apesar da proteção legal e dos compromissos assumidos, alerta a Quercus, estes habitats continuam sujeitos a uma forte degradação originada por ameaças como a poluição da água, principalmente com origem em aglomerados urbanos, o assoreamento acelerado, natural ou devido a políticas erradas de ordenamento do território e aos incêndios florestais, a presença de espécies exóticas ou a utilização de munições de chumbo na caça.

Lembrando os “avultados investimentos necessários para melhorar a integridade ecológica dos espaços”, os ambientalistas referem a aplicação de um programa nacional de restauração ecológica das zonas húmidas, áreas fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas.

A lista de proposta inclui a aposta no tratamento de efluentes, a regulamentação da extração de sedimentos, a orientação dos fundos comunitários para ações dirigidas à conservação de habitats higrófilos e para a reabilitação de outras zonas húmidas ameaçadas, a elaboração de planos locais de erradicação e controle de espécies invasoras e o envolvimento das autarquias em parcerias para sensibilizar a população, promover a educação ambiental nas escolas e reforçar a fiscalização.

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