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Portugueses entre os maiores entusiastas das viagens aéreas “low-cost”

No começo de 2022, quando a subida de preços ainda estava no início e a guerra na Europa não era uma realidade, 58% dos portugueses tencionavam comprar produtos e serviços relacionados com viagens e lazer nos 12 meses seguintes.

Um ano depois, segundo o Observador Cetelem Consumo Low-cost 2023, 63% dos portugueses revelam ter renunciado a compras relacionadas com viagens e lazer, uma circunstância que se repete um pouco por todo o continente europeu, com 59% dos inquiridos dos 15 países Europeus onde se realizou o estudo a afirmarem ter renunciado a despesas com tempos livres e férias no último ano.

Para 2023, a mesma percentagem de portugueses manifesta o desejo de viagens e lazer (58%), no entanto apenas 16% afirmam com certeza de que concretizarão as suas compras neste domínio. 42% indicam que provavelmente as farão e 38% irão evitá-las. Já 54% dos europeus preveem gastos em viagens e lazer em 2023 – sendo que 20% têm a certeza de as realizar e 34% indicam que provavelmente o farão.

Low-cost como alternativa e necessidade

Segundo os consumidores inquiridos pelo Observador Cetelem Consumo Low-cost 2023, a renúncia a certo tipo de produtos ou serviços prende-se em grande parte com o preço, cada vez mais central na tomada de decisões. Para combater este dilema, o low-cost apresenta-se cada vez mais como uma alternativa e necessidade para os consumidores para protegerem o seu poder de compra.

Em Portugal, 51% dos consumidores consideram que a oferta de low-cost está bem desenvolvida e abrange diversos sectores, ainda assim menos do que noutros países, de acordo com a avaliação média feita pelos europeus (60%). As viagens aéreas é um dos setores que os portugueses (58%) e europeus (61%) mais associam a este mercado, com 30% dos portugueses a afirmarem que atualmente estão a dar mais preferência a esta oferta do que há um ano.

A expansão do mercado das viagens aéreas low-cost

Entre 2001 e 2020, a nível global, o setor das viagens aéreas low-cost aumentou exponencialmente, sendo o mais impressionante crescimento entre os setores low-cost, tendo em conta que em 2001 representava apenas 5% do mercado global. Em 2020, apresentou uma quota combinada de 45%.

Este é também um dos poucos setores em que se verifica que os consumidores com rendimentos elevados optam por não pagar mais por um serviço, como um voo de pequeno ou médio curso de curta duração, privilegiando as opções low-cost. Entre as principais razões estão a perceção de uma garantia de boa satisfação, com a maioria dos portugueses inquiridos a indicar que tenciona recorrer mais vezes no futuro por sentirem que estão a pagar um preço justo.

Em Portugal, 55% dos consumidores opta por low-cost em viagens aéreas. Outros 45% optam por transportes terrestres low-cost. Já no setor hoteleiro, 52% optam por hotelaria a preços mais baixos, com 42%, 44% e 41% respetivamente a nível europeu.

No que diz respeito ao transporte ferroviário e rodoviário, frequentemente utilizados também pelos consumidores para se deslocarem nas suas férias, 34% dos europeus consideram que a alternativa low-cost se  encontra bem desenvolvida nos seus países. O mesmo não se verifica em termos de hotelaria e alojamento, com 52% dos europeus a referir que estes setores não se encontram bem desenvolvidos.

Fator preço prevalece sobre a qualidade

No segmento das viagens aéreas, o preço assume maior relevância face à qualidade e à marca. Em Portugal, a diferença é de 24 pontos percentuais, com o preço (59%) a assumir uma prevalência sobre a qualidade (35%). Só 6% dos portugueses afirma que o seu critério principal de escolha é a própria marca. A nível europeu, a diferença entre o preço (48%) e qualidade (38%) é menor, cerca de 10 pontos, com 14% dos europeus a referir que o seu critério de escolha é a marca.

Ainda de acordo com o estudo, em Portugal, a companhia aérea de baixo custo Ryanair está entre as marcas que melhor simboliza o low-cost. Com uma classificação de 14%, é também a marca líder no setor das viagens aéreas citada, de forma espontânea pelos europeus, como a que melhor aplica o conceito de low-cost. Segue-se a Easyjet, com 7%.

 

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