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Robot terapêutico está a ser um desafio para o Hospital de Ovar

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O robot em formato de foca bebé, para fins terapêuticos, em utilização no Hospital Dr. Francisco Zagalo, de Ovar (HFZ-Ovar), há cerca de um ano, está a ter um desempenho “muito acima do esperado” junto dos utentes desta unidade.

“Os resultados até à data apontam para um potencial de antecipar metas terapêuticas e de facilitar a expressão de emoções, comunicação verbal e não verbal do utente com o meio envolvente, com os outros utentes, com a sua família e com a equipa”, afirma a coordenadora do programa piloto e responsável da Unidade de Convalescença deste hospital, Júlia Oliveira.

“Até esta data, o estudo inclui uma amostra de 12 doentes, com uma média de oito a nove utilizações padronizadas por doente e sempre com mediação, orientação e suporte de profissional (terapeuta ocupacional; psicóloga e enfermagem ajustado ao objectivo que está a ser trabalhado)”, explica.

ROSA – acrónimo de Relaxar, Orientar, Sentir e Activar – é o nome deste que foi o primeiro robot terapêutico numa unidade de saúde pública em Portugal, oferecido pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), no âmbito de um ambicioso programa de desmaterialização em curso neste hospital.

“A ROSA é mais uma ferramenta, um meio de suporte para facilitar as acções de relaxar, orientar, sentir e activar. A partir da terceira sessão de aplicação, globalmente todos os doentes ganham em pelo menos uma destas dimensões”, adianta Júlia Oliveira, salientando que a experiência “está a ser um enorme desafio”.

“Estamos a conhecer as suas potencialidades e delas as que se ajustam à população que servimos. No fundo, a desenhar um modelo de aplicação que seja replicável e mensurável”, frisa.

A experiência do HFZ-Ovar foi dada a conhecer no workshop “Introdução à Roboterapia e Tecnologias Avançadas em cuidados de saúde”, realizada na passada semana no âmbito da terceira edição do “Portugal eHealth Summit”, que contou – entre outros participantes – com o criador da tecnologia, o japonês Takanori Shibata.

Na ocasião, Júlia Oliveira – acompanhada pela terapeuta ocupacional Cecília Teixeira – partilhou a utilização do robot junto de utentes da Unidade de Convalescença com défice cognitivo em plano de reabilitação por patologia aguda associada.

“Da partilha que tivemos a oportunidade de fazer, constatamos que os nossos resultados estão em linha com as diferentes experiências em contexto terapêutico no mundo. Takanori Shibata valorizou mesmo a monitorização e o nosso rigor, até porque tem a pretensão de o certificar como dispositivo médico, à semelhança do que se verifica no EUA desde 2009”, sublinha.

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