Cultura

Rui Paixão estreia nova criação

Rui Paixão, o palhaço português escolhido pelo Cirque du Soleil para integrar a rede de artistas para futuras novas produções, e o músico Carlos Reis, apresentam “A Velha”.

Inspirado no universo surrealista do escritor russo Daniil Harms, especialmente no conto “A Velha”, é o primeiro espetáculo em que companhia Cão à Chuva conta com a intervenção de um diretor. Atualmente em residência artística e sob olhar de Rodrigo Santos, a companhia desenvolve um espetáculo que, apesar da aparente aleatoriedade, convida o público a assistir mais do que a intervir, rompendo de certa forma a linha de criações anteriores. Paralelamente, mantém-se e reafirma-se a contínua pesquisa sobre o novo clown e o teatro físico.

No espetáculo, a relação dual entre a velha e o escritor, duas das personagens do conto, é o motor que alimenta a mecânica de cena privilegiando o jogo livre e permanentemente activo em detrimento da lógica de uma narrativa tradicional.

Com a procrastinação de um escritor em crise de criatividade, a performance centra o seu foco num estado de delírio metaforizado por Harms através da figura da velha que ao mesmo tempo levanta questões sobre a passagem do tempo ou a sua estagnação.

O encontro com o texto acontece, não verbalmente, mas sim na procura de uma tradução corporal, material e sonora com a finalidade de criar um universo onírico que permita uma aproximação mais vertiginosa às ideias surreais de Daniil Harms.

Ficha Artística

Direção | Rodrigo Santos
Dramaturgia | Carlos Reis, Rodrigo Santos e Rui Paixão
Interpretação | Rui Paixão
Música e Sonoplastia | Carlos Reis
Cenografia e Adereços | Cristóvão Neto
Figurinos e Caracterização | Rui Paixão
Co Produção | Cão à Chuva e CAIXA DAS ARTES
Apoio | Câmara Municipal de Santa Maria da Feira | Feira-Viva Cultura e Desporto E.M.

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