Opinião

Safety Car – Henrique Gomes

 

Sempre em excesso de velocidade e em estradas sem bermas, o Tour já se lançou a caminho de França , uns dos países europeus que menos gosta da sua Volta.

Na verdade, o Tour tem de ir a França disputar grande parte das suas etapas, mas o Tour é sempre mais bem recebido no estrangeiro do que dentro das linhas da fronteira francesa.
O entusiasmo com que a atual edição do Tour foi recebida na Holanda e na Bélgica é muito semelhante ao fulgor com que outros países, que não a França, receberam etapas do Tour no passado.

Foram impermeáveis multidões de espetadores que ocuparam as bermas das estradas, que assistiram à apresentação da prova, que invadiram os eventos que decorrem em paralelo com o Tour.

Os ciclistas têm feito a sua corrida por entre corredores compactos de público, em velocidade record e em permanente stress- a margem de erro é mínima e os acidentes de corrida são constantes e com alguma gravidade.

A etapa de anteontem mostrou a necessidade de o diretor de corrida neutralizar a corrida, obrigando à paragem momentânea dos ciclistas, cancelando a competição durante algum tempo. Momento raro e controverso mas que pretendeu salvaguardar a integridade física dos ciclistas. Momento em que o carro do diretor de corrida se transformou em Safety Car.

Durante estas primeiras etapas, os ciclistas portugueses exibiram o seu lado mártir, tendo estado presente em algumas das quedas ocorridas. Mesmo Rui Costa, que parecia ter uma auréola protetora destes azares, esteve envolvido na queda grave que forçou o surgimento do invulgar Safety Car.

Henrique Gomes

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