Opinião

Andar… por aí – Florindo Pinto

No andar por aí, e se por aí andar, poderá encontrar, na Rua dos Castanheiros, um edifício que foi do Padrinho Manel, onde em tempo de Páscoa muitos eram os afilhados que por lá passavam para recolher o “folar”. Ali funcionou um movimento de solidariedade social, a Escola Florbela Espanca e, também, ali, foram investidos em obras, nos anos de 1995/1996, saídos dos cofres de Esmoriz, mais de quarenta mil contos, para se adaptar o espaço à implantação do Instituto Superior Politécnico de Esmoriz, um projecto da PRODOMO – Sociedade de Promoção do Ensino de Esmoriz, Lda.

O edifício ainda por lá está, mas “ocupado pelo colonizador”, e a ser usado para outros fins, depois de “calculadamente” ter sido preparado o abortar do projecto da Prodomo, e tudo ter sido feito, de forma incompetente, para levar para Ovar o Ensino Superior.

Depreciativamente, um esmorizense, o causador primeiro da não chegada, a Esmoriz, do Ensino Superior, ensino a sério, chama-lhe de Patronano. O povo, chama-lhe Palacete. Um outro dos culpados da não vinda, para Esmoriz, do Politécnico a sério, este de triste memória como presidente da Junta de Freguesia, “renegou” o nome da nossa Biblioteca e deixou que o “opressor” levasse, para lá, os nossos livros, deles se assenhoreasse e banisse o nome da Biblioteca de Esmoriz.

Hoje, naquele espaço, não são aceites ofertas de livros. Se os tiver para oferecer, terá de os levar a Ovar, e com “ar submisso” perguntar se podem ser aceites e, então se…, os entregar ao “dono”.
Isto foi assim e, tristemente, continua a assim ser.

Já alertamos para situações diversificadas, vividas nesta cidade, situada na província concelhia, que revelam a colagem de alguns autarcas ao sistema, e em nada mudou com os novos e em exercício, o que pode ser refutado, mas que indicia uma vergonhosa submissão, e só pode acontecer protagonizado por quem se tenha candidatado para se servir e não para servir os interesses e os valores da terra que o elegeu.

Em Esmoriz, os Esmorizenses sabem que aquele edifício é propriedade da Junta de Freguesia, e que tem um nome: “O Palacete”. Esse conhecimento, parece não terem os autarcas actuais.
Recentemente, foram transferidos para lá, os serviços e o funcionamento da Universidade Sénior, que nos dizem ser a sério, mas que para muitos outros, até é um espaço para “brincar na terceira idade”.

Nada temos que ver com essa decisão, pese embora o facto de se sentir que do centro da cidade se estão a esvaziar “muitas coisas”.
Mas, não podemos aceitar que o endereço da Universidade Sénior, seja assumido como: no edifício Pólo da Biblioteca de Ovar. É uma vergonha este servilismo, se não é fruto da ignorância.
Ovar nada tem a ver ou que ver com aquele espaço.

Aquando das obras, o autarca presidente em Ovar (dito de Esmoriz), prometeu e fez constar do Plano e Orçamento a verba de vinte e cinco mil contos. Como não foi disponibilizada a verba naquele ano, no ano seguinte apareceu a verba reduzida para 15 mil contos, que, também não chegou a Esmoriz.
Perante este cenário, não consideram vergonhoso aceitar o que Ovar “baptiza”? Os Esmorizenses não se curvam. A aceitação pelos autarcas, a manter-se, dá direito, pela sua colagem e submissão, ao cognome de “miguéis”.

Florindo Pinto

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