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“Sun Care Box” reforça presença em pontos turísticos

Quando a multinacional Beiersdorf, detentora da icónica marca Nívea, se associou ao projeto do português Luís Teles, explicou logo as razões que a convenceram: “A Sun Care Box é uma ideia inovadora pela sua simplicidade, mas também corajosa pela sua abordagem diferente a um produto tradicional”, defendia então Gonçalo Sousa Tavares, Country Commercial Manager da marca em Portugal. Um ano depois, o mesmo diretor comercial reforça essa opinião e mantém que as máquinas automáticas para acesso mais fácil e cómodo a protetores solares são uma estratégia decisiva para incentivar comportamentos mais responsáveis nos consumidores que, frequentando zonas balneares e outros pontos geográficos sujeitos a intensa exposição solar, tantas vezes negligenciam a devida proteção por não encontrarem produtos de marcas fidedignas em locais próximos ou só os descobrirem a preços significativamente inflacionados.
“Foi para acabar com isso que criei a Sun Care Box”, recorda Luís Teles, criador e gestor desse conceito de venda automática. “Eu próprio já fiz viagens em que me esqueci de comprar protetor e depois, com a ânsia de saborear as férias o mais possível, fui direto do aeroporto para o hotel, não vi nenhum local onde pudesse comprar uma marca credível e acabei com um escaldão enorme – que é um risco tremendo em termos oncológicos”.
Definida assim a ideia de negócio, a Sun Care Box passou depois por um processo de adaptação técnica que hoje assegura a cada uma das suas vending machines vários requisitos exigentes: refrigeração interna para garantia da qualidade do produto, capacidade para disponibilizar 250 artigos de várias referências em cada máquina, funcionamento apenas com cartão bancário para maior segurança sanitária, gestão telemétrica para controlo remoto de stocks e baixo consumo energético para sustentabilidade económica e ambiental.
Esse último critério foi, aliás, um dos que convenceu o júri do programa de aceleração Push4Tourism, ao qual o Turismo de Portugal I.P. se associou como sponsor para impulsionar negócios com particular potencial turístico, apoiando-os com a partilha de contactos e boas práticas nesse ecossistema, proporcionando-lhes mentorização individual e patrocinando outras medidas com vista à sua plena capacitação empresarial.
O mérito do projeto de Luís Teles não se fica, contudo, pela sua componente sustentável, como realça Sérgio Póvoas, coordenador nacional do Push4Tourism, ao reconhecer-lhe também inovação, impacto e potencial de escala. “A Sun Care Box procura responder a uma necessidade clara do mercado, tendo características que a tornam facilmente escalável”, defende esse responsável. “O perfil do empreendedor e a capacidade demonstrada até ao momento, já com alguns clientes a testar o conceito, fizeram-nos acreditar que este projeto tem tudo para beneficiar dos conteúdos e do networking do nosso programa, e que daqui irá resultar uma mais-valia significativa em termos de entrada e penetração no mercado”.
Uma cabine amarela no meio do Alentejo
O primeiro test run da Sun Care Box foi na unidade de 4 estrelas que a cadeia Be Live Hotels gere em Armação de Pera, no Algarve, e o que então começou como uma experiência-piloto passou este ano a ter caráter efetivo. João Henrique, chefe de receção do Be Live Palmeiras, explica porquê: “As famílias sentem-se mais seguras e protegidas ao adquirir produtos solares na comodidade das nossas instalações e os clientes adoram o conceito da cabine telefónica”.
Esses foram os mesmos motivos pelos quais este ano também se associaram ao conceito patenteado por Luís Teles duas outras referências do turismo nacional: a unidade de Évora da cadeia hoteleira Vila Galé e o parque temático algarvio Sand City, apontado pela respetiva direção como o maior festival de esculturas de areia a nível mundial.
Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do Grupo Vila Galé, reconhece que a Sun Care Box se enquadra na estratégia de inovação desse grupo de hotéis, que tem vindo a estabelecer parcerias com diferentes startups “para testar novos conceitos e ideias“. A instalação da respetiva vending machine a quase 150 quilómetros do ponto da orla costeira mais próximo cumpre também uma missão que Luís Teles define como pedagógica: lembra o consumidor que, dadas as atuais características da radiação solar, “não é apenas na praia que se deve aplicar protetor”.
João Correia, diretor de marketing do Sand City, também percebeu rapidamente o potencial das máquinas automáticas patenteadas por Luís Teles. “Quando nos foi apresentado o projeto, ficámos curiosos e, após um breve introdução, percebemos o seu potencial. O Sand City situa-se numa região com mais de 300 dias de sol por ano, o que nos convida a desfrutar da natureza e outros espaços abertos, e convida à diversão. Mas por vezes esquecemo-nos de nos preparar para estes momentos ao ar livre e a Sun Care Box vem colmatar essa lacuna, facilitando a utilização de proteção solar de uma forma divertida, rápida e conveniente”.
Para o criador da Sun Care Box, essa recetividade demonstra que a implementação das máquinas tem sido boa e “não desilude nem investidores nem clientes”, refletindo “resultados promissores que só não são mais evidentes porque o investimento para a instalação é relativamente elevado”. Luís Teles admite que o esforço é considerável numa altura em que hotéis, bares de praia, parques temáticos e festivais ainda procuram recuperar das perdas associadas a dois anos de pesadas restrições provocadas pela pandemia, mas declara: “Mais do que um mecanismo de vendas e negócio, uma Sun Care Box é também uma expressão de responsabilidade social por parte dos agentes económicos preocupados com a saúde e o bem-estar dos seus clientes”.

 

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