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Tia de Mónica Silva está em prisão domiciliária

Filomena Silva já com pulseira eletrónica em casa em Pardilhó

A tia da grávida desaparecida da Murtosa está em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, a cumprir uma pena de quatro meses, na sua residência, em Pardilhó, condenação relacionada com insultos e injúrias cometidos já há cerca de seis anos atrás.

Filomena Silva, originária de uma família da Vila da Murtosa, conhecida por Tuinha, pensou que a sua prisão teria a ver uma zaragata, num café, com um jovem, que teria ameaçado as suas sobrinhas gémeas, entre as quais Mónica Silva, a desaparecida.

A partir de sua casa, em Pardilhó, Filomena Silva, que reside com o marido, referiu ao OvarNews que tinha sido condenada a meio ano de prisão, uma pena que passou já para quatro meses de prisão domiciliária, começando a cumpri-la há duas semanas.

Filomena Silva foi condenada a pagar una pena de multa, depois em alternativa a prestar serviço comunitário, mas não cumpriu nenhuma das determinações judiciais, do Tribunal de Estarreja, o que implicou agora já a aplicação de uma pulseira eletrónica.

Segundo o OvarNews apurou esta quinta-feira, Filomena Silva acabou por envolver-se num imbróglio jurídico, pensando ter sido abrangida pela amnistia papal a sua pena de seis meses de prisão, mas reduzida para quatro meses de prisão domiciliária.

Entretanto, a advogada de Filomena Silva estará a tentar obter a redução dos quatro meses de prisão domiciliária, até porque originalmente o que estará em causa seria o pagamento de uma multa de 800 euros e o que os seus familiares pretendem pagar.

“Foi tudo para me calar”

Filomena Silva tem sido a porta-voz da família, desde o desaparecimento de Mónica Silva, de 33 anos, na noite de 3 de outubro de 2023, desdobrando-se sempre em entrevistas a órgãos de comunicação social, aquando das sucessivas buscas pela sobrinha.

A tia da desaparecida prometeu esta quinta-feira que apesar de impedida de sair de casa nos próximos tempos, controlada por uma pulseira eletrónica, não desistirá de continuar a luta para encontrar a sobrinha, para já através de pessoas da sua confiança.

Filomena Silva afirmou que “isto foi tudo para me calar”, aludindo à coincidência da aplicação da pulseira eletrónica ter sido quando foi renovada a prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, do suspeito do desaparecimento da sobrinha, Mónica Silva.

Fernando Valente, de 39 anos, o principal suspeito do caso envolvendo o desaparecimento de Mónica Silva, está indiciado por crimes de homicídio qualificado, de profanação de cadáver e de aborto agravado, encontrando-se num apartamento, em Gaia.

Nesse apartamento, situado na freguesia de Pedroso, em Vila Nova de Gaia, Fernando Valente mantém-se com obrigação de permanência na habitação (vulgo prisão domiciliária), desde 21 de dezembro de 2023, enquanto decorrem mais investigações.

Numa primeira fase, Fernando Valente, detido pela Polícia Judiciária de Aveiro, no dia 15 de novembro de 2018, em Béstida, na Murtosa, esteve recluído no Estabelecimento Prisional Regional de Aveiro, aguardando a colocação da pulseira eletrónica.

Joaquim Gomes

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