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Utente do Lar da Misericórdia de Ovar encontrado na Feira

Um utente do lar da Santa Casa da Misericórdia de Ovar (SCMO) está no cerne de um caso divulgado nas redes sociais. O homem, curiosamente, completa hoje 80 anos de vida, mas a sua sorte poderia ter sido diferente se não tivesse sido encontrado, na passada quinta-feira, por Dulce Neves, uma ovarense que, por acaso, se deslocou ao Cavaco, em Santa Maria da Feira. “Por volta das 18 horas, ouvimos chamar, era noite escuro e estava um frio de rachar”, descreve.

A medo, foi ver o que era. Um homem de idade avançada estava na paragem de autocarro a chorar. Depois de o questionarem e de várias respostas, conseguiram que informasse que estava na SCMO. “De estatura alta, pesado, uma bengala e uma muleta. Um saco térmico pequenino na outra mão. Mal se conseguia mexer. Demoramos imenso tempo para o meter no carro”, recorda.

Pediu-lhe para ir devagar. “Não queria que eu tivesse um acidente. Disse que não queria morrer”, conta Dulce Neves que chorou no percurso, sem que ele se apercebesse.

“Pela descrição feita e pelos nossos dados de registo de ocorrência trata-se efectivamente de um utente deste Lar”, confirma a SCMO, em comunicado. Depois de enumerar as várias saídas para o exterior deste utente, o provedor da instituição garante que “não estando incapaz, por Lei ou pelo seu estado de saúde, não pode privar os seus Utentes do direito à autodeterminação e consequentemente, da liberdade de circulação”. Aliás, no dia seguinte ao episódio relatado, “após o pequeno almoço, o utente voltou a sair, tendo regressado pelas 18h40 horas, de táxi”, revela o Provedor, Álvaro Silva.

“Ao utente em causa têm sido prestados todos os cuidados e atenção de que necessita”, assegura o responsável, acrescentando que a Segurança Social está ao corrente de todo este processo.

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