Válega: Junta preocupada com as obras efectuadas pela ADRA
O executivo da Junta de Freguesia de Válega está preocupada com o mau estado de conservação de algumas acessibilidades da freguesia de Válega, intervencionadas pela ADRA – Águas da Região de Aveiro, no âmbito da empreitada do alargamento da rede de saneamento.
A autarquia valeguense tem acompanhado todo o processo e reportado à ADRA, dando sempre conhecimento à Câmara Municipal de Ovar, as várias situações que têm surgido, e que “além de preocupar a população, também preocupam, e muito, este executivo, pois colocam em causa a preservação da segurança rodoviária e da integridade física de condutores, moradores e de transeuntes”.
“Bastante insistentes e persistentes no pedido de fiscalização e de resolução de diversos problemas resultantes das obras de execução da rede de saneamento e drenagem de águas residuais, da responsabilidade da ADRA”, é o que a junta garante estar a ser nas seguintes ruas: Rua das Estradas; Rua Dr.ª Leonilda da Silva Matos; Rua de Vilarinho; Rua das Tomadias; Rua Primeiro de Maio; Rua das Quintas; Rua da Fonte da Bica; Rua da Associação Cultural e Recreativa de Valdágua; Rua de Valdágua; Rua de Pereira; Rua dos Moliceiros; Rua de Pereira Jusã e na Rua de Carvalho de Baixo.
Ao mesmo tempo, a Junta de Freguesia de Válega garante que sempre se mostrou disponível para o agendamento de uma reunião, tendo-a solicitado por várias vezes aos elementos técnicos e do Conselho de Administração da ADRA e aos responsáveis da empresa MRG – Engenharia e Construção SA, empreiteiro que executou a obra, de forma a reforçar a sua posição sobre as diversas situações anómalas anteriormente reclamadas e documentadas fotograficamente.
Após várias solicitações, no passado dia 15 de maio realizou-se uma reunião na qual estiveram presentes o empreiteiro (MRG), o dono de obra (ADRA), o gabinete de fiscalização e representantes da Câmara Municipal de Ovar e membros do executivo da Junta de Freguesia de Válega.
“Aí demonstrámos”, continua a junta, “uma vez mais e de forma contundente, que a primeira intervenção promovida pela AdRa que adjudicou o serviço à empresa MRG não cumpre as condições e a qualidade mínima exigidas”. “Reafirmámos que muitas das situações resultam da má compactação dos pavimentos e do uso de materiais menos adequados e que é urgente a reposição dos pavimentos existentes nas condições devidas de transitabilidade”.
Os responsáveis da ADRA reconheceram que efectivamente existem diversas anomalias na obras, ainda que algumas delas também sejam fruto das más condições climatéricas verificadas aquando da realização dos trabalhos.
“Ao mesmo tempo, a ADRA comunicou-nos que todas as situações anómalas em que existiu intervenção de empreitada de saneamento, serão tratadas pela MRG, de forma a serem corrigidas definitivamente”.
Nessa mesma reunião, os elementos da ADRA acrescentaram ainda que estavam a elaborar com a empresa MRG um plano de trabalho/calendário para regularização dos pavimentos (na freguesia de Válega e noutras freguesias do concelho de Ovar). Prevê-se, assim, que no período de 1 a 2 meses a obra seja dada por concluída.
A ADA informou ainda que está preocupada com a conclusão e qualidade dos trabalhos, pelo que a recepção dos mesmos, por parte da empresa MRG, só será efetuada quando se considere estarem reunidas todas as condições exigíveis, sendo que foi prestada uma caução de 10% do valor total da obra a favor da ADRA, que se manterá válida até à recepção definitiva das obras de saneamento pela empresa responsável pela empreitada.
Finalmente, acrescenta a autarquia, que já dia 23 de maio as diversas entidades envolvidas nas obras fizeram um périplo por Válega para constatar in loco a situação caótica das ruas por onde passa a conduta principal de saneamento, desde a zona adjacente à freguesia de S. Vicente de Pereira até à zona do Sargaçal.
O executivo valeguense está convicto de que tem feito tudo que está ao seu alcance para acautelar e defender os interesses da população, contando para o efeito, com a solidariedade e apoio da Câmara Municipal de Ovar.
Apesar desta situação, solicita a todos os valeguenses que “continuem a demonstrar a sua habitual serenidade e paciência, na certeza que o executivo da Junta pugnará sempre pela defesa dos seus legítimos interesses”.