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Vela: Cruzeiro é uma das prioridades da NADO – Náutica Desportiva Ovarense

Depois do interregno de 2013, a NADO – Náutica Desportiva Ovarense volta a organizar a prova rainha da Ria, o Cruzeiro da Ria, que este ano assinala a edição número 51, e como não podia deixar de ser, a Marina do Carregal, em Ovar, a sua casa de sempre, é o ponto de partida.

Minutos antes da saída para a primeira regata de ontem, Cláudio Guedes, da direcção da NADO, disse ao Diário de Aveiro que a revitalização desta prova ‘ex-libris’ da Ria é uma das prioridades da direcção eleita em Outubro de 2013.

“Estamos a fazer um trabalho que consideramos imprescindível para levar a cabo o nosso projecto e que passa pela reorganização, inventariação e actualização de toda a actividade da NAO”. Através deste trabalho tem sido possível detectar, por exemplo, a existência de inúmeros associados que não pagavam quotas.

Fruto de alguma desmotivação, a anterior direcção não organizou o Cruzeiro do ano passado, numa demonstração evidente de que alguma coisa tinha que mudar. “As próprias condições de navegabilidade da Ria, que se têm vindo a degradar de forma acelerada nos últimos anos, acredito que tenham contribuído para esse desalento”, admite Cláudio Guedes. Este será um dos mais graves problemas que enfrenta a NADO, situada no extremo Norte do canal de Ovar da Ria e onde as consequências da última dragagem e das alterações de correntes e marés subsequentes, se fazem sentir com mais gravidade.

“Actualmente, é muito difícil navegar”, lamenta o dirigente vareiro, adiantando que tal “só é possível no pico da maré alta e mesmo assim, não sem alguma dificuldade”.
Esse condicionalismo teve que ser levado em linha de conta na organização de mais um cruzeiro da Ria, no que concerne aos horários de partida de Ovar e chegada a São Jacinto e hoje, no que toca ao regresso, vai ser a mesma preocupação.

Mas a vontade desta direcção, liderada por Hélder Ventura, era férrea e, apesar das dificuldades, avançou para a concretização da prova. “O cruzeiro é uma referência da Ria e não podia ficar mais um ano em branco”, reforça Cláudio Guedes que se mostra muito satisfeito por “termos conseguido reunir as condições mínimas para recuperar a prova”. É que em 2013, a prova chegou a estar prevista no calendário oficial da federação portuguesa da modalidade, o que atraiu os velejadores até Ovar. Só depois verificaram que não se iria realizar e “isso vai obrigar-nos a algum trabalho para recuperar a sua confiança, mas estamos confiantes”.

Cláudio Guedes diz que, este ano, “ainda assim, vieram muitos espanhóis, nomeadamente da Galiza, mas receio que haja menos participações do que é habitual”. De qualquer maneira, o ambiente de festa que se vive na Marina do Carregal é idêntico ao de sempre: Há velejadores vindos dos quatro cantos da Ria e de Espanha transformados em campistas improvisados, música e sol. “O tempo também está a ajudar, o que é muito bom para a prática desta modalidade”.

Entre autarquias e amigos, a NADO fala num orçamento de 18 mil euros para organizar a prova, contando a organização com o apoio do Sporting Clube de Aveiro e Associação Náutica da Torreira. A regata pode ser acompanhada ao longo de um percurso de grande beleza natural, sendo a ponte da Varela, na Torreira, uma zona privilegiada para observar a festa da vela aveirense.

É um evento que, apesar de um interregno de um ano, quer manter viva a maior e mais antiga prova de Vela da península ibérica, unindo os Municípios de Ovar, Murtosa e Aveiro, num espectáculo de verdadeira beleza, com centenas de velejadores a emprestarem o colorido das suas velas à Ria de Aveiro.

“Recuperar a navegabilidade
da Ria”

Hélder Ventura, o presidente da NADO, eleito a 25 de Outubro último, pretende imprimir um novo rumo para o clube. Para além da organização do 51.º Cruzeiro da Ria, a nova direcção tem como objectivos prioritários o desenvolvimento da escola de vela, a sustentabilidade económica do clube, o desenvolvimento de acções que promovam o reencontro dos sócios com a prática dos desportos náuticos e com a vida social do clube e recuperar a navegabilidade do canal de Ovar.

A Náutica Desportiva Ovarense (NADO) reforça a necessidade do do apoio das instituições locais e regionais, mas sobretudo de todos os ovarenses.

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