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Xavier Almeida é o artista vareiro do momento

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Em Ovar, terá ficado conhecido pelo livro de BD, “Santa Camarão”, mas Xavier Almeida já tinha uma obra que o precedia e não pára, com convites para exposições em Portugal e lá fora.

Para começar, aqui por perto, o artista ovarense radicado em Lisboa assina um dos trabalhos patentes na exposição “Trabalho Capital”, inaugurada em Abril, em São João da Madeira, no Centro de Arte Oliva.

Com curadoria de Paulo Mendes, o certame cruza obras de cerca de 100 nomes da arte contemporânea internacional com “uma vasta selecção de material documental e espólio museológico industrial” da própria Oliva – a antiga metalúrgica onde hoje funciona o centro cultural e o pólo de indústrias criativas de São João da Madeira.

Propondo-se analisar “o conceito de trabalho” em dois momentos, um envolvendo a actual “exposição-instalação” e outro anunciado para novembro, a mostra evoca “reminiscências do passado industrial em confronto com a produção artística contemporânea”.

Dessa forma, Paulo Mendes coloca “a colecção Norlinda e José Lima em diálogo com novas obras realizadas para este projecto, outras já produzidas e, igualmente, material documental e técnico relacionado com a história da fábrica Oliva” – o que, por sua vez, materializa um convite para que público, criadores e investigadores explorem a “dimensão cultural do espaço físico pós-industrial”.

A cenografia expositiva de “Trabalho Capital” procurará ter esse desafio em conta, ao envolver “propostas de transformação e práticas espaciais que exploram leituras interdisciplinares do património arquitectónico e dos espaços pós-industriais”, facilitando a “fragmentação e recomposição de um espaço fabril que permite novos usos e sentidos performativos”.

No caso de Xavier Almeida, Paulo Mendes encomendou uma obra e a elaboração de cartazes para a rua, no sentido de exteriorizar a galeria. “Fiz uma campanha de propaganda, com mais de 50 cartazes originais, colados nas imediações do Centro de Arte Oliva”.

O artista vareiro recorda que, naquele contexto, “os cartazes eram mensagens não codificadas, subvertiam uma das principais armas do capitalismo que é a publicidade ao usar uma linguagem comum. E daí o poder de comunicação”.

Para o interior, Xavier Almeida realizou uma faixa muito grande “mas velha, descosida e suja com uma frase usada nas antigas publicidades da Oliva: “A máquina que dá felicidade”.

“Trabalho Capital” pode ser visitada até 13 de outubro.

Xavier está presente na última edição da Revista Decadente, participa numa exposição em Madrid com foco em artistas portugueses: “Ecos de Revolución en Arte Gráfico Portugués”, em La Casa Encendida, Madrid.

E não pára, porque no próximo dia 16, participa na inauguração da exposição e lançamento do livro e na exposição “PathFinders“, em Lisboa, e, no dia 24, participa na exposição colectiva “Run”, na galeria “In Spite Of“, na cidade do Porto.

 

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