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“Não vamos desistir”, promete a família de Mónica Silva [c/vídeo]

Familiares da grávida da Murtosa não têm dúvidas que “foi assassinada”

Os familiares de Mónica Silva, grávida de sete meses, desaparecida da Murtosa, desde 03 de outubro, afirmaram ao OvarNews que “não vamos desistir” agora que confirmaram não se encontrar o corpo no fundo de um poço, também situado na Murtosa.

Mónica Silva, de 33 anos, mãe de dois filhos, de 14 anos e 11 anos, desapareceu na noite de 03 de outubro, após ter saído de casa, alegadamente para encontrar-se com Fernando Valente, principal suspeito pelo crime e o único preso preventivo do caso.

Fernando Valente era técnico de som de uma banda de música pop, sediada na Torreira, que atuava muito na região de Aveiro, incluindo no Furadouro, grupo musical que interrompeu a atividade após a sua prisão preventiva na Cadeia Regional de Aveiro.

Poucas horas depois de um mergulhador ter constatado não haver quaisquer vestígios do corpo de Mónica Silva, de 33 anos, a sua tia, Filomena Silva, que mais diretamente tem superentendido as buscas, promete que “nós nunca baixaremos os braços”.

Após dois dias de trabalhos na chamada zona dos Pinheiros de Fragoso, perto da Quinta de Gramões, na freguesia e concelho da Murtosa, realizados por uma empresa privada, os familiares de Mónica Silva fizeram já o ponto de situação ao OvarNews.

A GNR da Murtosa, a Polícia Judiciária de Aveiro e os Bombeiros Voluntários da Murtosa tinham na semana anterior feito já as perícias que entenderam ao poço, num antigo terreno agrícola, mas a família da vítima quis esvaziar completamento o poço.

Filomena Silva, que tem dado a cara pela família de Mónica Silva, revelou que “agora vamos voltar-nos para outros locais” e um dos quais, apurou já o Ovar News, é um pinhal entre a Torreira e São Jacinto, perto da antiga Colónia de Férias da Torreira.

Uma cova, recentemente tapada e regada com soda cáustica, é a nova pista dos familiares de Mónica Silva, já depois da Polícia Judiciária de Aveiro ter feito buscas, durante esta semana, do outro lado da Estrada Nacional 327, já em plena Ria de Aveiro.

Familiares clamam por justiça

Filomena Silva disse que “infelizmente não termos já dúvidas que a Mónica foi assassinada na mesma noite em que o Fernando Valente a veio buscar, já quando estava grávida de sete meses, era ele que a procurava, nunca era a Mónica que ia atrás dele”.

“Ao menos queremos fazer um funeral digno e o luto para tranquilizar toda a família e especialmente os dois filhos da Mónica, que não merecia ter um final destes, ainda para mais grávida de sete meses, isto é uma tragédia para todos nós”, segundo a tia.

“A Polícia Judiciária de Aveiro descobriu sangue da Mónica em dois carros da família do detido e em dois apartamentos, um deles onde a Mónica e o Fernando se encontravam, na Torreira, o crime, na noite de 03 de outubro”, salientou Filomena Silva.

O suspeito, Fernando Valente, empresário, de 38 anos, é apontado pela Polícia Judiciária de Aveiro como suspeito pelos crimes de homicídio consumado qualificado, aborto agravado e ocultação de cadáver, encontrando-se preso preventivo desde sábado.

Fernando Valente tinha notas falsas titulando cerca de sete mil euros, mais de 80 mil euros em dinheiro genuíno e uma pistola de alarme, confirmando-se que o apartamento na Torreira, apontado como sendo o local do crime, foi limpo com soda cáustica.

A Polícia Judiciária de Aveiro, que ainda não fez qualquer comunicado acerca do caso, continua a investigar o desaparecimento de Mónica Silva, de 33 anos, grávida de sete meses, aguardando resultados dos vestígios hemáticos recolhidos há uma semana.

As primeiras indiciações apontam para um alegado homicídio passional, motivado pelo incómodo da gravidez e a rejeição do nascituro, da parte do empresário Fernando Valente, como tendo sido o móbil do crime, mas o mistério continua por esclarecer.

Joaquim Gomes (Texto e vídeos)

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