Saúde

Cancro da Mama – Que sinais devo vigiar? – Por Dra. Rita Félix Tavares

O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum no sexo feminino. Atualmente, corresponde à primeira causa de morte por cancro, na mulher.

Estima-se que todos os anos sejam diagnosticados cerca de 7.000 novos casos de cancro da mama, em Portugal. O diagnóstico precoce é crucial, uma vez que a probabilidade do tratamento ser bem sucedido é muito mais elevada.

O rastreio do cancro da mama baseia-se na realização de mamografia de 2 em 2 anos, nas mulheres com idade entre 50 e 69 anos. As imagens são analisadas por 2 médicos radiologistas que, em caso de dúvida, convocam a mulher a uma consulta clínica de aferição.

No entanto, pode haver indicação de começar o rastreio precocemente. Apesar de não ser conhecida uma causa específica para o cancro da mama, existem fatores de risco já identificados:

  • História familiar: ter familiares com cancro da mama, quer seja da família materna ou paterna, pode aumentar o risco.
  • História menstrual longa: mulheres que tiveram a primeira menstruação antes dos 12 anos de idade e que tiveram menopausa tardia (após os 55 anos).
  • Nuliparidade: mulheres que nunca tiveram filhos apresentam um risco aumentado.
  • Terapêutica hormonal de substituição: mulheres que tomam terapêutica hormonal para a menopausa durante 5 anos ou mais parecem apresentar maior probabilidade de ter cancro da mama.
  • Radioterapia prévia: mulheres que tenham feito radioterapia ao peito (como em casos de Linfoma) apresentam um risco aumentado para cancro da mama.
  • Inatividade física: estar fisicamente ativa pode ajudar a diminuir o risco de neoplasia, através da prevenção do aumento de peso e da obesidade.
  • Tabaco: o tabaco tem inúmeros carcinogéneos que aumentam o risco de cancro, não só de mama.

 

Além disso, existem sinais e sintomas que devem chamar a sua atenção:

  • Alteração do tamanho ou da forma da mama;
  • Retração do mamilo (mamilo virado para dentro);
  • Alteração na pele que cobre o seio com aspeto escamoso, vermelho ou inchado;
  • Secreção ou saída de líquido pelo mamilo;
  • Qualquer nódulo à palpação da mama ou da zona da axila (no entanto, o seu aparecimento nem sempre significa a doença);
  • Sensibilidade no mamilo;
  • Dor intensa na mama (não deve confundir com sensibilidade ou desconforto mamário relacionado com a ovulação ou com o ciclo menstrual).

Se notar algum destes sintomas de alerta, deve entrar em contacto com a sua Equipa de Saúde que a irá ajudar.

Será realizado um exame clínico à mama com inspeção e palpação da mesma e caso seja necessário, requisitada mamografia e/ou ecografia mamária.

Apesar de haver fatores de risco não modificáveis (como história familiar), é essencial adotar estilos de vida saudáveis como medida preventiva.

Se pensa estar em risco de ter cancro da mama, deve discutir esta questão com o seu Médico de Família.

Rita Félix Tavares

Médica Interna de Formação Específica em Medicina Geral e Familiar

USF João Semana

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