Cultura

“A Hora em que Não Sabíamos Nada Uns dos Outros”

Quando, em 1992, publicou e estreou “A Hora em que Não Sabíamos Nada Uns dos Outros”, Peter Handke ainda não sonharia com o Prémio Nobel e muito menos pensaria que a sua peça seria levada ao palco em Ovar com gente vareira e tudo. Mas foi.

Uma peça que originalmente contou com 450 personagens e que, na mitologia do dramaturgo austríaco, resulta de um dia de observação a partir de uma esplanada de Muggia, comuna italiana de Trieste, em que as pequenas coisas que aconteciam na praça se tornaram significativas para Handke.

Três décadas mais tarde, as praças estão diferentes – as de Ovar, então, mudaram tanto. Já não são o espaço de convívio que eram.

A Olga Roriz interessa questionar, 31 anos passados da criação desta peça, o que mudou no mundo. “Parece-nos que este título nos quer dizer agora muito mais. Que o que sabemos uns dos outros e de nós próprios é um poço cada vez mais escuro e que é urgente abrir canais à transformação, à criação da utopia”, reflete a coreógrafa.

Esta sexta-feira, no CAO, houve lugar ao convívio em palco com a participação de gente da terra.

Carolina Mota, Eva Santos, Ana Carolina Correa, Francisca Figueiredo, Maria Manuela Marques, Maria Carmo Seixas, Ana Isabel Silva , Joana Oliveira Fernandes, Maria Horácia, Ana Luísa Costa, Gisela Azevedo Gaspar, Célia Almeida, Maria Helena Andrade, Francisco Saraiva de Almeida, Simão Valinho, Filipe Pinto d’Oliveira, Nuno Veiga Tauber, José Couteiro, Hernâni Sá foram os elementos selecionados localmente para este espetáculo.

 

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