O conselho de administração da Sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro aprovou ontem o lançamento do concurso público para o projecto de conclusão da dragagem e despoluição da Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos. A empreitada, incluída nos trabalhos de requalificação e valorização da Barrinha de Esmoriz, iniciou-se em Setembro de 2016, mas acabaria por ser suspensa antes da época balnear de 2017, pela Polis Litoral Ria de Aveiro, para ser retomada e de novo interrompida em 2019, por alegado incumprimento por parte do empreiteiro.
“O problema esteve na solução técnica relacionada com o dique fusível na sua ligação ao mar”, explicou Pimenta Machado, presidente da Polis Litoral, antes de acrescentar: “estamos a analisar qual será a melhor opção”. “Esperamos que o projecto anunciado hoje possa desenhar a melhor forma de dragar a barrinha e conferir-lhe a qualidade que ela merece”, realçou.
Segundo foi possível apurar, a Polis já tem uma nova solução geotêxtil para aplicar no dique fusível e deverá optar pela retirada de sedimentos através de draga. “Pedimos um pouco mais de paciência para termos o projecto concluído e lançarmos o concurso”, apelou Pimenta Machado.
Conforto no acolhimento
A empreitada de requalificação e valorização do “Sítio” da Barrinha de Esmoriz tem também o objectivo de valorização dos espaços de acolhimento e recepção aos visitantes, que passou pela melhoria das acessibilidades e seu ordenamento, pela criação de pontos de estacionamento ordenado, pela implementação de plataformas de paragem e descanso ao longo do percurso e pelo reforço do mobiliário urbano, incluindo pontos para recolha selectiva de resíduos.
Do lado de Espinho, o presidente da Câmara Municipal, Pinto Moreira reiterou que “a Lagoa de Paramos vai ser um sítio ambientalmente sustentável e, ao mesmo tempo, uma responsabilidade para o futuro, no que diz respeito à sua manutenção e conservação através de um modelo de gestão que as câmaras de Ovar e Espinho abraçarão para que todos possam usufruir deste cenário de excelência”.