
A “Descida Mais Louca da Malápia” assume-se como uma verdadeira celebração de engenho e criatividade. Segundo o presidente da Associação Malapeiros Rolantes, “este é um evento de carros construídos pelas pessoas, pais e filhos, primos, que se juntam passar esse conhecimento de geração em geração”.
No próximo dia 28, não se admire se vir passar um comboio na estrada, mas também é aquilo que “é identitário de cada um fazendo deste um evento muito fora da caixa”, afiança Vitor Duarte.
“O objetivo é incentivar à criatividade, ao trabalho artesanal, e também a socialização entre nós, famílias, grupos de amigos, empresas cujos colaboradores fazem ‘team building’, associações, o que resulta num evento multifacetado e inesperado”.
Este ano, a organização promete muitos carros novos que já estão em construção, sendo que alguns vêm de fora – dois vêm de Carregal do Sal, num total de mais de 30 inscritos, no que constitui um novo recorde.
Não se trata de uma prova, é um desfile de alegria e imaginação, mas quem neles vai é movido pela adrenalina de fazer esta descida num veículo que pode atingir 60 Km/h. “Entretanto, vamos colocar 14 obstáculos nos 1.800 metros do percurso que resulta uma gincana carregada de surpresas”.
Este evento, que quer reconstruir a memória e lançar o futuro, integra-se nas festas sanjoaninas de São João de Vêrsemo dia 28, a partir das 14h30 e o aviso fica no: para conseguir chegar e encontrar o melhor spot, o melhor é vir mais cedo e aproveitar as tasquinhas para degustar as especialidades gastronómicas.
“Os Malapeiros”
Este é o nome pelo qual ficou conhecida a população da Freguesia. Para o compreendermos temos que recuar até à altura em que foi inaugurada a Linha do Vale do Vouga pelo Rei D. Manuel II em 1908. As pessoas de S. João de Ver, primando pela sua humildade e alegria, trouxeram, para ofertar na inauguração, os Malápios – fruto semelhante à maçã e que é marca estilizada deste povo há pelo menos um século. A partir desse dia nunca mais perderam o apelido.